Introdução: Os profissionais de enfermagem deparam-se no cotidiano, com estressores físico, mental e emocional, que favorecem o risco ao estresse ocupacional, fatores potencializados durante o cenário pandêmico e que repercutem na saúde dos trabalhadores. Desta forma, tornou-se relevante avaliar o estresse dos profissionais de enfermagem, que além de comprometer a saúde dos trabalhadores de enfermagem podem repercutir negativamente na segurança e qualidade de assistência prestada aos pacientes. Objetivo: Identificar a percepção do estresse no trabalho e os fatores que contribuem nos profissionais de enfermagem que atuam em um hospital público. Metodologia: Tratou-se de um estudo quantitativo e transversal, realizado com técnicos e enfermeiros de um hospital de grande porte no município de São Paulo. Para coleta de dados foram utilizados o questionário sociodemográfico e a escala de estresse de trabalho versão reduzida, foi considerada a pontuação >= 48 para estresse ocupacional. Resultados: Participaram do estudo 60 profissionais de enfermagem, sendo predominante o sexo feminino 51,6% (n= 31) com idade média de 39 anos. Os enfermeiros apresentam média de score médio na escala de estresse no trabalho de 34,1 e os técnicos de enfermagem 32,3. Apenas 5% dos profissionais (n= 3) foi considerado com estresse ocupacional. Em relação aos fatores que favorecem o estresse ocupacional, 41,6% (n=25) dos profissionais relataram que a sobrecarga de trabalho é o fator predominante. Considerações Finais: Embora o percentual de profissionais com estresse ocupacional foi reduzido, o contexto de trabalho da enfermagem possui características que aumentam a vulnerabilidade ao adoecimento. Desta forma, é essencial que as instituições de saúde adotem medidas para mitigar os riscos ocupacionais, favorecer a saúde do profissional e manter a segurança e qualidade da assistência prestada aos pacientes.