INTRODUÇÃO: Casos de Transtornos Mentais vêm a se mostrar cada vez mais presentes na sociedade contemporânea, haja visto, por exemplo, as altas taxas de ansiedade e depressão entre a população brasileira. Sob essa ótica, ao se analisar o contexto dos policiais penais, profissionais de suma importância, responsáveis pela manutenção da segurança no regime carcerário, nota-se um grupo ainda mais afetado, uma vez que sofrem com elevadas jornadas de trabalho e exposição excessiva à violência. OBJETIVO: Descrever o perfil da saúde mental de policiais penais do Estado do Ceará. METODOLOGIA: Trata-se de um recorte de estudo multimétodos realizado de junho a agosto de 2022 com 344 policiais penais do Estado do Ceará. Foram coletados dados a partir de um questionário eletrônico desenvolvido na Plataforma Survey Monkey para avaliar a saúde psicológica dos indivíduos. Além disso, o programa IBM SPSS foi utilizado para a análise quantitativa dos dados. O estudo, por envolver seres humanos, foi avaliado no Comitê de Ética e Pesquisa com parecer n° 5.379.780. RESULTADOS: No que tange ao perfil da saúde mental, por meio dos dados analisados, observa-se que dos 344 policiais entrevistados, 70,1% nunca fizeram acompanhamento psicológico na vida e apenas 8,1% fazem tratamento contínuo. Adicionalmente, foi observado que 15,7% fazem uso de medicação psicotrópica, sendo que, desses, 2,6% o fazem sem prescrição médica. Ademais, em relação ao histórico familiar de quadros de alterações psicológicas e doenças psiquiátricas, a proporção entre os indivíduos afetados foi de 52,3% e de 46,5% respectivamente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente estudo apresentou dados que apontam a alta vulnerabilidade de policiais penais no que se refere à saúde mental. Sendo assim, destaca-se a necessidade de serviços voltados à promoção e prevenção em saúde mental desses profissionais.