Introdução: As doenças cardiovasculares, destacando-se o infarto agudo do miocárdio (IAM), são consideradas a maior causa de morbimortalidade no Brasil e no mundo. Sendo assim, a American Heart Association implementou o tempo porta-balão (TPB), caracterizado pelo tempo ideal da chegada de um indivíduo à porta de entrada da unidade hospitalar até o procedimento de intervenção coronária percutânea primária, devendo este ser inferior a 90 minutos. Desta forma evidencia-se a importância da equipe de enfermagem durante todo este fluxo de atendimento, bem como a gestão contínua do processo, a fim de proporcionar maior sobrevida ao paciente. Objetivos: Evidenciar por meio da literatura atual, a importância da equipe de enfermagem na efetividade e gestão do indicador de TPB. Metodologia: Revisão integrativa da literatura atual, de caráter exploratório, por meio de busca realizada no mês de maio de 2023, seguindo como referência as bases de dados da Medline, LILACs, BDENF e Scielo através da ferramenta de busca avançada da plataforma BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Foram utilizados os termos norteadores para pesquisa “tempo porta-balão”, “enfermagem” e “redução”, tendo como critério de seleção data de publicação inferior ou igual a 5 anos, sendo filtrados e selecionados seis artigos, os quais lidos em sua íntegra e coletado informações pertinentes à pesquisa. Resultados: A efetividade no TPB se mostrou tendo um impacto direto na atuação de toda equipe de enfermagem, como exemplo a triagem e reconhecimento preciso dos sinais e sintomas clínicos de IAM, realizado privativamente pelo enfermeiro, traçando uma integralidade na estratificação de risco e acionamento dos protocolos institucionais de dor torácica. Ademais, evidencia-se a atuação minuciosa em ações como nos preparos e cuidados no pré e pós-procedimento, demandando afinco em gestão de tempo e de pessoal, a fim de trazer melhorias no indicador de saúde, e aumentar as chances de desfecho clínico favorável ao paciente. Conclusão: A equipe de enfermagem exerce importante papel em todo manejo clínico dos pacientes em sofrimento cardíaco por IAM, se correlacionando a efetividade do TPB, sendo de extrema necessidade o desempenho de cada profissional. Também se ressalta a necessidade expressa de educação continuada e aprimoramento profissional por meio de treinamentos e gestão educativa do enfermeiro junto à equipe de enfermagem, a fim de desenvolver as competências ideais para tomada de decisão adequada.