Introdução: Define-se indução do parto como a utilização de métodos para obtenção de contrações uterinas que promovam o início do trabalho de parto e o nascimento da criança em tempo apropriado. Estimular ou conduzir o trabalho de parto é aumentar, por meios artificiais, a frequência ou intensidade das contrações uterinas em parturientes cujo trabalho de parto teve início espontâneo, mas que apresenta padrão disfuncional, ou em outras situações, onde há indicações. Objetivo: Analisar os índices de partos induzidos em um hospital de referência para alto risco gestacional, no extremo sul do Brasil. Metodologia: Estudo transversal e retrospectivo, realizado entre abril e junho de 2023, com informações de um banco de dados desenvolvido pela Coordenação de Ações Nacionais do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente Fernandes Figueira, abrangendo o cuidado perinatal em maternidades brasileiras, que registram voluntariamente, dados oriundos do cuidado habitual num banco de dados com a finalidade de monitoramento de seu desempenho. As variáveis analisadas se referem ao Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Correa Jr e incluíram: informações do perfil das mulheres gestantes e as variáveis clínicas: trabalho de parto, indução e tipos de indução. Resultados: No período pesquisado foram realizados 196 partos, sendo 65 (32,83%) partos espontâneos, 45 (22,73%) partos induzidos e 86 (43,94%) não entraram em trabalho de parto. O índice de partos vaginais foi 37,88% (N=75), cesáreas em trabalho de parto de 15,15% (N=30), cesáreas eletivas 46,97% (N=93). Dos 45 partos induzidos, 25 (12,62%) foram em gestantes nulíparas e 20 (10,10%) em gestantes multíparas. Sobre os tipos de indução, 26 (13,13%) partos foram com ocitocina e 19 (9,59%) com misoprostol. Considerações finais: A indução ao trabalho de parto apresenta-se como uma estratégia benéfica tanto para a mãe como para o feto para a redução dos números de cesáreas, pois quando indicada corretamente, apresenta bom índice de eficiência. No entanto, observa-se nesse estudo que o número de cesáreas se apresenta elevado, considerando as recomendações do ministério da saúde, podendo estar associado ao público atendido no hospital pesquisado, pois o mesmo é referência em atendimento a gestantes de alto risco.