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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL DE PAIS CUIDADORES DE CRIANÇAS COM CÂNCER DE UM SERVIÇO DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA
Relatoria:
Ana Emília Alcântara de Avelar
Autores:
  • Betânia da Mata Ribeiro Gomes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O câncer é uma doença complexa que quando diagnosticada oportunamente tem enormes chances de sucesso no tratamento, a cura pode ser de até 80% dos casos. Considerando as particularidades do câncer, o cuidado à criança com essa doença é um desafio a ser vivenciado pelos pais. É preciso que a família esteja disposta a lidar e compreender a situação, uma vez que poderá conceder significados diferentes ao adoecer e morrer, em concordância com crenças, vivências e religiosidade. Objetivos: Identificar o perfil de pais cuidadores de crianças com câncer de um serviço de oncologia pediátrica no município de Recife. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, que aborda os métodos quantitativo e qualitativo concomitantemente para responder de forma complementar, o objeto e problema de pesquisa. Os dados foram coletados por intermédio de entrevista presencial e através do Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (QASCI). A população foi composta por 30 pais cuidadores maiores de 18 anos, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A pesquisa foi desenvolvida em um serviço de oncologia pediátrica no município de Recife/PE, Brasil entre março e abril de 2022. O presente estudo obteve aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa segundo CAAE: 46663821.9.0000.5192 e parecer: 5.201.192. Resultados: Os pais cuidadores que compuseram o estudo foram as mães em 93,3% dos casos, com média de idade de 19, 44 anos (DP 33,7 ± 6,7). Foi observado que se tratando de crianças com câncer, o cuidador principal é a mãe, que se sente na obrigação de cuidar do filho, visto que a própria criança a elege como protetora dentre os outros familiares, pois a criança acredita que ninguém está à altura da sua mãe para cuidar e proteger ela. Além de identificar o perfil predominante do estudo, foi apontado que 93,3% dessas mães são vulneráveis ao estresse e sofrimento, uma vez que terão que encontrar formas e estratégias de enfrentamento e adaptação diante o novo cenário que a família está inserida. Conclusão: A convivência com a criança com câncer gera demandas de cuidado, bem como alterações na rotina da mãe cuidadora, visto que ela passa a viver sob forte aflição por se sentir a única responsável pela criança. Nesse sentido, a capacidade que a mãe tem de cuidar do seu filho com câncer pode estar comprometida, diminuída ou ausente, envolvendo os papéis e as condutas que precisam ser assumidas entre os outros membros da família.