Introdução: O câncer de colo uterino é uma neoplasia maligna causada, principalmente, pela infecção recorrente do Papilomavírus Humano (HPV). No Brasil, é o terceiro mais incidente entre as mulheres, com cerca de 13,25 novos casos a cada 100 mil mulheres para o ano de 2023. Destaca-se ainda, ser prevenível pela vacinação de meninos e meninas de 9 a 14 anos contra o HPV e pela realização do exame de citologia oncótica por mulheres de 25 a 64 anos que já tiveram atividade sexual. Os Determinantes Sociais em Saúde (DSS) são "fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população", desse modo, é válido compreender sua influência na alta incidência do câncer de colo de útero. Objetivo: Descrever como os DSS influenciam na incidência de câncer cervicouterino. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura com abordagem qualitativa, desenvolvida pela busca na Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), utilizando os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): "Neoplasias do colo do útero", "Determinantes Sociais da Saúde" e "Incidência", associados através do operador booleano "AND". Por conseguinte, foram incluídos artigos publicados nos últimos 5 anos, nos idiomas inglês, português e espanhol e excluídos estudos que após leitura dos títulos e resumos não atenderam ao objetivo deste trabalho. Assim, foram selecionados 3 artigos para compor essa revisão. Resultados: Com base na análise crítica dos estudos selecionados percebeu-se que as intervenções focadas nos DSS melhoram o rastreamento do câncer cervicouterino, representam um custo econômico rentável aos gastos públicos e favorecem a garantia dos serviços em saúde à população mais vulnerável. Ademais, a incidência desse câncer é maior em áreas de pobreza, pelas diferenças de acesso aos cuidados voltados à promoção, prevenção e tratamento precoce. Outro estudo observou que a escolaridade incompleta dificulta o entendimento sobre a doença e a prevenção. Além disso, mulheres casadas estão mais propensas a desenvolver esta patologia. Considerações finais: Diante do exposto, conclui-se que é necessário reconhecer as dificuldades no acesso à saúde, o qual é influenciado, especialmente, por questões econômicas e sociais, aliado ao desconhecimento sobre a doença. Dessa forma, trata-se de uma forma de intervir na redução da incidência do câncer de colo de útero na população.