INTRODUÇÃO: as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) acometem parte da população ainda nos tempos atuais, seja por descuido ou por falta de orientação relacionada ao uso dos métodos de barreira. A prática sexual desprotegida é muito presente na sociedade como um todo, especialmente entre os mais jovens e nas populações vulneráveis, como as privadas de liberdade. Esse público possui frágil vinculação com os serviços de saúde, comprometendo o acesso ao diagnóstico e tratamento desses agravos em tempo oportuno. Assim, a educação em saúde é uma importante estratégia para difundir medidas preventivas e proporcionar melhoria na saúde sexual de jovens socioeducandos. OBJETIVOS: relatar a experiência em ações de educação em saúde sobre ISTs com adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. METODOLOGIA: relato de experiência de acadêmicos de enfermagem, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, no componente de Estágio Supervisionado I, no período de dezembro/2022 a março/2023. A vivência contemplou as etapas de observação, planejamento, confecção de material educativo, execução e avaliação das ações, guiadas por roteiros norteadores. A temática foi escolhida pelo público-alvo, sendo trabalhada com dinâmicas interativas e lúdicas. RESULTADOS: As intervenções ocorreram em dois encontros. No primeiro foi apresentado aos jovens o que são e como se contraem as ISTs, por meio de imagens em slides e com realização de dinâmica, simulando a rapidez e a forma de disseminação dessas infecções na população. Em seguida, utilizou-se um jogo de tabuleiro interativo, com questões e afirmativas de verdadeiro ou falso para a fixação do conteúdo trabalhado. No segundo encontro, usou-se uma imagem em 2D do corpo humano, para abordar os sinais das infecções e seu tratamento. Um jogo de dados com ilustrações foi usado para trabalhar as medidas de prevenção, a higiene corporal e do ambiente com os participantes, com posterior demonstração de uso correto dos preservativos masculino e feminino com manequins. CONCLUSÃO: a implementação das ações favoreceu o acesso à informação sobre as ISTs e a sensibilização do público para a prática do autocuidado. Para os acadêmicos proporcionou a aproximação com a realidade da instituição socioeducativa, ampliando o olhar para as necessidades dos socioeducandos, associadas ao cuidado, à promoção da saúde e da qualidade de vida.