Introdução: A Doença Falciforme define-se como um conjunto de alterações genéticas que se apresentam assintomáticas ou com alta taxa de mortalidade. Para defini-la como étnico-racial, deve ser observados fatores etiológicos, genéticos e estatísticos. Objetivo: Discutir sobre a doença falciforme no cenário da população negra e desvelar as políticas públicas no Brasil. Método: Trata-se de Revisão sistemática de literatura, de cunho qualitativo e caráter descritivo com pesquisas realiadas entre agosto e setembro de 2022 nos bancos de dados Scientific Electronic Library Online e Biblioteca Virtual em Saúde em artigos publicados no período de 2005 a 2020. Após filtros, 11 artigos foram utilizados para compor a obra. Os critérios de exclusão foram: artigos incompletos ou duplicados e foi realizada consolidação das informações no Software Microsoft Office Word. Resultados e Discussão: A doença falciforme surge no Brasil em 1930 podendo apresentar uma série de complicações que elevam os índices de morbidade e mortalidade. A população autodeclarada preto/parda corresponde à maioria dos brasileiros acometidos pela DF, e é o grupo que mais necessitam de apoio, reflexo do histórico racial ou do racismo institucionalizado, que os coloca em maior grau de vulnerabilidade socioeconômico. Todavia, vale ressaltar que as políticas públicas só foram pensadas quando os índices mostram que essa é a parcela social que carrega os piores índices de saúde, assim, em 2001 foi criado o Programa Nacional de Triagem Neonatal com o teste do pezinho para recém-nascidos, a fim de possibilitar a detecção precoce da DF e redução de intercorrências, modificada em 2005 tornando-se a Política de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias. Conclusão: Contudo, observa-se que a DF, é considerada como um grave problema de saúde pública e que a população negra é a que mais sofre esse impacto, as taxas de morbimortalidades são crescentes e podem ser evitadas precocemente com as políticas públicas para diagnóstico e rastreamento.