Estudos relacionados a carreira demonstram maior migração ou mudanças profissionais nos últimos cinco anos, principalmente após a pandemia da Covid-19, quando as pessoas estão buscando mais sentido, propósito e realização em suas atividades laborais. A Enfermagem é uma área da saúde que sente os impactos do planejamento de carreira não fazer parte das grades curriculares, nem da maioria das estruturas organizacionais das empresas, o que pode aumentar a insatisfação profissional, rotatividade ou mudança de emprego, setor, função ou até mudança de profissão. Objetivo: Analisar a produção cientifica internacional sobre transição de carreira entre enfermeiros adultos. Metodologia: Estudo de revisão da literatura realizado nos meses de março a junho de 2023. Publicações científicas de cunho internacional nas bases de dados PubMed, Medline, Lilacs e Bdenf, publicadas nos últimos cinco anos e cujos textos completos estavam disponíveis constituíram o estudo. Os descritores utilizados foram: career mobility, adults, nursing. Após a leitura dos resumos e títulos, foram encontrados 49 artigos, dos quais, após leitura na íntegra, sobraram 11 que atenderam aos critérios. Resultados: O idioma prevalente foi o inglês (9); os países onde forma realizados os estudos foram EUA, Brasil, Noruega e Austrália; a maioria (10) apresentaram nível de evidência IV (de acordo com a classificação de Stetler,1998). A análise temática restou em três categorias: a motivação inicial pela carreira, que não estava mais alinhada ao que o profissional fazia atualmente, o que poderia levar ao adoecimento; quanto mais prevalente a Síndrome de Burnout nos indivíduos, maior é o desejo de mudar de profissão, instituição ou de área; fatores como a cor da pele, gênero e idade constituem barreiras para progressão ou mudança de profissão, em áreas como docência e liderança, favorecendo homens, brancos e jovens; a importância de ter um mentor e/ou um preceptor para transição de carreira é um fundamental aos indivíduos, principalmente para os recém-formados ou para aqueles até o primeiro ano de carreira, e que transitam para áreas críticas. Considerações finais: São necessárias ações intersetoriais, como na educação, política e empregadores que devem investir no planejamento de carreira, assim como se investe em outras áreas como na formação clínica dos enfermeiros, que fomentem tomadas de decisão mais assertivas considerando o seu bem-estar, saúde e satisfação no trabalho.