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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE EM IDOSOS NO BRASIL DE 2012 A 2022
Relatoria:
Sarah de Sousa Carvalho
Autores:
  • Paula Sacha Frota Nogueira
  • Andressa Maria Carvalho Espíndola
  • Douglas de Araújo Costa
  • Isaque Lima de Farias
  • Raquel Alves de Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O Mycobacterium leprae é o agente causador da doença hanseníase. Seus alvos primários são a pele e nervos periféricos, tendo o potencial de causar danos neurais permanentes. A prevalência da doença está ligada a fatores socioeconômicos e ambientais desfavoráveis. A enfermagem e a vigilância epidemiológica possuem responsabilidade essencial para o cuidado e a prevenção às pessoas acometidas pela doença. Nesse sentido, a análise de dados epidemiológicos pode contribuir para uma prática baseada em evidência. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da hanseníase na população idosa brasileira de 2012 a 2022. Métodos: Estudo ecológico e descritivo, dos casos notificados de hanseníase no Brasil, no período de 2012 a 2022 em pessoas com mais de 60 anos de idade. Os dados foram coletados no mês de junho de 2023. A amostra foi composta por dados secundários, obtidos a partir do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e analisados segundo as seguintes variáveis: sexo, região e incapacidade notificada. Para a análise dos dados, foi utilizado o software Google sheets, sendo realizado cálculo de frequência absoluta, relativa e média. O estudo dispensa aprovação do Comitê de Ética em pesquisa por utilizar dados de domínio público. Resultados: Durante o período estudado, foram diagnosticados 86.399 casos de hanseníase em idosos, destes, cerca de 45% (n = 38.742) correspondem à região Nordeste. No que tange ao sexo, predominou o sexo masculino com total de 52.731 (61,03%) casos. Ademais, quanto aos anos de diagnóstico, os que tiveram resultados acima da média (n = 8639,9) foram 2018 (n = 8.803) e 2019 (n = 8.926), com acentuada queda em 2020 (n = 6222). Em relação à frequência de incapacidade notificada, 38.229 (44,24%) apresentaram grau zero, enquanto 25.467 (n = 29,47%) apresentaram grau um. Conclusão: O conhecimento do perfil epidemiológico de idosos com hanseníase possibilita que o enfermeiro possa implementar estratégias de busca ativa, cuidado e vigilância efetivas e direcionadas ao contexto dos indivíduos acometidos, para que, assim, possa proporcionar diagnóstico precoce e evitar incapacidades permanentes.