Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
AUTOGESTÃO INEFICAZ DA SAÚDE EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS: ENFERMAGEM EM INFECTOLOGIA
Relatoria:
João Pedro Soares Soares
Autores:
- Raquel da Silva Oliveira
- George Lucas Augusto Trindade da Silva
- Karên Valle Da Costa e Souza
- Gabriely Mousinho Gomes
- Rayane da Silva lira
- Juciane Queiroz Marques
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A autogestão ineficaz da saúde (AIS) é um diagnóstico de enfermagem, definido como manejo insatisfatório do regime de tratamento, consequências psicossociais e espirituais, e mudanças no estilo de vida inerentes a viver com uma condição crônica. Nesse contexto, destaca-se a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), entre outras doenças infectocontagiosas. Em vista disso, ressalta-se a importância e acurácia da enfermagem em infectologia frente as implicações desse diagnóstico. Objetivo: Relatar as percepções e implicações do diagnóstico de autogestão ineficaz da saúde em pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana (PVHIV). Método: Trata-se de um relato de experiência, descritivo e reflexivo. Sobre as percepções e implicações de um diagnóstico de enfermagem em PVHIV, de um enfermeiro residente em infectologia, perpassado em uma instituição pública assistencial de caráter Ambulatorial, com ênfase no serviço de atendimento especializado, na cidade de Manaus-AM, entre abril e maio de 2023. Resultados: O ambulatório possui o setor de triagem, realiza-se a consulta de enfermagem, solicitação de exames sorológicos, planejamento das consultas especializadas, entre outros. As implicações emergiram-se a partir das seguintes características definidoras: falha em comparecer a compromissos agendados com profissionais de saúde (acesso dificultado pela distância geográfica, despesas e meio de transporte), falha em incluir o regime de tratamento na vida diária (tempo, estigmatização e uso de substâncias ilícitas) e expressa insatisfação com a qualidade de vida (negação, conhecimento insuficiente e condição socioeconômica). Entre os fatores relacionados, notou-se: Demandas concorrentes (trabalho e faculdade), apoio social inadequado (medo da quebra do sigilo profissional e familiar no município pequeno), percepção de qualidade de vida diminuída e barreira ao regime de tratamento (geolocalização e institucionalidade). Frequentemente associados as seguintes populações: Indivíduos desfavorecidos economicamente e de baixo nível educacional. Conclusão: Portanto, percebeu-se que as características geográficas, fatores sociais, uso de drogas, conhecimento insuficiente e condição socioeconômica contribuem para o diagnóstico de AIS nas PVHIV na cidade de Manaus-AM. Diante disso, propõe-se um acolhimento e escuta qualificada, intensificação das orientações do autocuidado e comportamentos preventivos, apoio institucional e descentralização as PVHIV.