Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
HIDROPSIA FETAL – GESTAÇÃO PALIATIVA?
Relatoria:
MARILZA ALVES DE SOUZA
Autores:
- Natália Cristina de Andrade Dias
- Claudia Antônio dos Santos Barbosa
- Larissa Fernanda do Couto Brand
- Karina Polyana Costa
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Na hidropsia fetal, o feto tem um acúmulo anormal de líquido em duas cavidades do corpo ou apresenta edema subcutâneo associado a derrame em uma cavidade. Síndrome de espelho na qual o edema materno é observado associado com hidropsia fetal e/ou placentária grave. Não é uma doença, mas o sintoma de doença ou malformação fetal. Existem diversas causas para a hidropsia fetal: imune e não imune (DE AZEVEDO DANTAS, 2021). As causas mais frequentes da não imune são: insuficiência cardíaca, derrame pleural, anemia grave, devido infecção ou talassemia e Parvovírus Humano B19, intrauterino, pode levar à anemia grave, miocardite, pericardite, hidropsia e morte do concepto. (QUEIROZ, 2016). Os quadros de hidropsia fetal são bastante graves, os recém-nascidos prematuros com quadros de hidropsia fetal são particularmente mais graves, por isso, adiantar o parto nem sempre é uma boa conduta. Casos muito raros, a mãe poderá apresentar a chamada Síndrome do Espelho (Al-KOUATLY HB et al, 2023). OBJETIVO: elucidar o termo hidropsia fetal, seus determinantes, e averiguar as situações de paliativismo que possam coexistir. RELATO: Experiência com uma gestante primípara, idade gestacional de 30 semanas, que compareceu nesta unidade materno infantil do HCUFMG, encaminhada do pré-natal para indução, por decesso fetal. Sem histórias prévias de uso de medicamentos. Acompanhada pelo CEMEFE, grupo sanguíneo O positivo, coombs indireto negativo em 17/03/2023. Feto hidrópico, aumento da cisterna magna com assimetria dos plexos coroides e calota craniana. Portadora de hipertensão gestacional, diagnosticado no segundo trimestre de gestação, em uso de Nifedipino 20 MG(BID). Ultrassom transluscência nucal, 12 semanas e 4 dias, (TN-1.9 MM - padrão normal). Ultrassom com 23 semanas e 4 dias apresentou prega fetal espessada, peso fetal em percentil P99, ascite fetal volumosa e hidrocele bilateral. Ultrassom com 28 semanas o feto apresentava hidropsia fetal (ascite, hidrocele e prega nucal espessada). DISCUSSÃO: Trata-se de hidropsia fetal não imune, conforme achados bibliográficos, (DE AZEVEDO DANTAS, 2021; QUEIROZ, 2016; Al-KOUATLY HB et al, 2023), nos quais referem, um dos fatores que podem ser determinantes de tal patologia, incompatibilidade de grupo sanguíneo. CONCLUSÃO: Nesta experiência relatada, hidropsia fetal culminou com paliativismo.