Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS GESTACIONAL NO CEARÁ DE 2011 A 2021
Relatoria:
Larissa Nascimento Oliveira
Autores:
- Emanuelle Nogueira de Araujo
- Francisco Maurício Sousa da Silva
- Anny Karolyne Almeida de Oliveira
- Nirvana Magalhães Sales
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Sífilis se classifica como uma Infecção Sexualmente Transmissível e é uma das doenças infecto-contagiosas que podem atingir mulheres no período da gestação, levando a complicações para a mãe e o bebê. Dessa maneira, faz-se necessário a investigação da incidência desse agravo nas mulheres no período gestacional. Assim, esse estudo e análise permite a implementação de estratégias para prevenir novos agravos. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de sífilis gestacional no Ceará no período de 2011 a 2021 com base em um sistema de informação. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico descritivo baseado nas informações sobre sífilis gestacional no estado do Ceará. Os dados foram extraídos do sistema DataSUS, e os indicadores do Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI). A população geral constituiu de todos os casos de sífilis gestacional notificados no estado do Ceará. As variáveis selecionadas foram faixa etária (20 a 29 anos) e macrorregião de saúde. O estudo utiliza dados de sistema aberto, dispensando a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS: No período de 2011 a 2021, o Brasil somou 201.572 casos de lues em grávidas, a região Nordeste 59.431 e o Ceará 11.583. Quanto à taxa de detecção por 1.000 nascidos vivos, a tendência foi crescente na esfera nacional, regional e estadual (Brasil 27,1; Nordeste 21,7 e Ceará 20,6). Quanto à distribuição dos casos da doença no Ceará, verifica-se que as macrorregião com mais casos é também a mais populosa do estado, Fortaleza. A notificação começa com valores pequenos, em 2011 com 56 casos, se comparado aos anos posteriores no qual os valores chegam até 9 vezes o quantitativo inicial, 2021 com 549 casos. CONCLUSÃO: A partir desta análise, é possível inferir que, no Ceará, o painel epidemiológico da sífilis gestacional aumentou exponencialmente, apesar da taxa de detecção ser inferior à taxa nacional, resultado que pode ser explicado pela subnotificação dos casos da infecção. Além disso, notou-se que a capital cearense comporta a maior concentração da doença dentre as demais capitais do estado, o que pode ser explicado pela alta densidade demográfica da população fortalezense. Portanto, este estudo torna-se relevante tendo em vista a inferência de onde estão os maiores percentuais da sífilis gestacional. Com isso, é possível criar intervenções direcionadas e eficazes para a prevenção e o controle da infecção nas mulheres grávidas.