Introdução: A cada seis segundos duas pessoas são diagnosticadas com diabetes e uma pessoa morre de causas relacionadas a doença, caracterizando-a como problema de saúde pública mundial. Uma de suas formas de tratamento incluem a terapia com insulina, que está vinculada também a questão da geração de resíduos dos serviços de saúde, configurando as pessoas com diabetes como o maior grupo de pacientes que usam lancetas, agulhas e seringas de forma consistente na comunidade. Esses aspectos são intensificados quando associados a interface da globalização e o que ela pode causar nas populações, sendo relevante para o processo de formação e educação em enfermagem trabalhar tal perspectiva como direcionadora do cuidado. Objetivo: Discorrer sobre a perspectiva da problemática do diabetes, da produção de resíduos dos serviços de saúde provenientes do uso da insulina interrelacionados com a conjuntura da globalização e das ciências sociais e humanas. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de caratér descritivo e qualitativo, do tipo ensaio teórico, realizada no mês de abril de 2023. Resultados: Inicialmente, o diabetes causou maior impacto em países ricos, mas com a globalização ele atingiu todos os continentes e ¾ das pessoas que são diagnosticadas com a doença vivem em países de baixa e média renda. A ótica está direcionada a questão do desenvolvimento das sociedades e do caráter social da doença. Apesar da globalização atingir, direta ou indiretamente, qualquer espaço e pessoa do planeta, isso não significa que suas consequências atinjam a todos de igual maneira, e que tenham a mesma repercussão em todas regiões. O reflexo disso por ser observado na disparidade da prevalência da doença que apresenta altas taxas principalmente em países do continente africano. Considerações Finais: A amplitude encabeçada pela peculiaridade do diabetes e suas relações com diversos aspectos sociais, entendendo-se que seu aparecimento na vida dos indivíduos foge da perspectiva microfisiopatológica e envereda as questões macro dos determinantes da saúde, cabendo-se então visões aprofundadas ao processo saúde-doença para amplificar seu potencial de tratamento e demais condutas ligadas a ele, com foco das discussões na questão da saúde ambiental, em especial sobre a geração de rejeitos e seu manejo adequado.