Introdução: a liderança na enfermagem desempenha um papel fundamental na promoção de um cuidado de saúde eficaz e compassivo. Os líderes enfermeiros são responsáveis por orientar, motivar e capacitar suas equipes para fornecer cuidados de qualidade aos pacientes. Nos momentos de crise sanitária essa competência torna-se ainda mais requisitada ao enfermeiro que torna-se um ponto de referência dentro da atenção primária à saúde (APS). Objetivo: verificar como os enfermeiros sentem a liderança na atenção primária em momentos de crise sanitária na cidade de Foz do Iguaçu-PR. Metodologia trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada por meio de entrevista com roteiro semiestruturado, os resultados foram obtidos por meio da técnica da análise de conteúdo de Bardin, foram entrevistados dez enfermeiros no município sendo dois de cada distrito sanitário. Resultados: após a análise de conteúdo, uma das categorias levantadas foi: A responsabilidade que a liderança assume na gestão da equipe de enfermagem, os enfermeiros manifestaram que se sentem sobrecarregados, sempre com a sensação de que necessitam saber de tudo, especialmente nos momentos de mudanças contínuas como em momentos de crise “você sente mais pressão, toda hora a disposição, particularmente eu acabo me cobrando mais também, o tempo inteiro ligada pensando o que precisa ser feito e se deixou alguma coisa para trás” (ENF02), além disso o fato de muitas vezes ter que resolver problemas que não são sua atribuição “a equipe vê o enfermeiro, não só a equipe de agentes comunitários de enfermagem, inclusive os médicos eles veem a gente como um líder, veem o enfermeiro como uma pessoa que ira resolver problemas até mesmo questões administrativas que não tem nada a haver com o enfermeiro, a equipe busca o enfermeiro para resolver os problemas não a gerência” (ENF01). Considerações finais: Existe a necessidade de reconhecer que o enfermeiro assume trabalho administrativos que não compõem necessariamente o seu processo de trabalho gerencial, o que resulta em sobrecarga. Além disso, enfrentam pressões tanto internas, provenientes de suas próprias expectativas, quanto externas, vindas dos gestores de saúde. Essa situação se torna ainda mais desafiadora durante momentos de crise, uma vez que os enfermeiros se tornam a referência central para toda uma unidade em um momento delicado. Portanto, é essencial promover uma abordagem que valorize e apoie a liderança dos enfermeiros.