Introdução: As tecnologias são categorizadas como leves, duras e leve-duras. No âmbito da saúde sexual e reprodutiva, as tecnologias desempenham um papel crucial no aprimoramento do controle das ISTs. Assim, é fundamental que os enfermeiros compreendam as tecnologias disponíveis e sua aplicabilidade, visto que facilita os processos de promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento. Objetivo: Identificar as tecnologias em saúde utilizadas por enfermeiros da ESF, de um município paraibano, no cuidado e educação em IST. Metodologia: O estudo caracterizou-se como quantitativo, observacional, do tipo inquérito e a amostragem foi não-probabilística e intencional. Os participantes foram enfermeiras e enfermeiros atuantes na Estratégia Saúde da Família, no município de Campina Grande-PB. A coleta de dados ocorreu de modo virtual e presencial, entre março e maio de 2023, a partir de um formulário estruturado acerca das práticas profissionais na utilização das tecnologias com foco nas ISTs. Os dados foram submetidos à análise descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HUAC/UFCG, parecer de nº 5.317.600. Resultados: Observou-se que dos 32 enfermeiros participantes da pesquisa, todos utilizam algum tipo de tecnologia no manejo das ISTs, na sua prática de enfermagem. O preservativo masculino, 96,87%, foi o material tecnológico-educativo mais utilizado pelos profissionais. Em sequência foram mais utilizados o preservativo feminino, 68,75%, e folheto, álbum ou folder, (50%). Em contrapartida, as tecnologias menos usadas foram: modelo genital masculino e feminino e os aplicativos, com 6,25%; 9,37%; 15,62%, respectivamente. As mídias digitais, como as redes sociais, foram utilizadas por 50% dos enfermeiros. Outras tecnologias foram pouco citadas pelos profissionais, como desenhos/imagens, cartilha e espéculo. Conclusão: O estudo permitiu identificar que as tecnologias cuidativo-educacionais do tipo leve-dura, foram as mais utilizadas pelos enfermeiros em sua prática. No entanto, verificou-se baixa adesão ao uso de tecnologias, como modelos anatômicos, devido a indisponibilidade, e os aplicativos, devido ao pouco conhecimento sobre mHealth, para o cuidado e educação em IST. Verifica-se que é necessário ampliar a utilização de tais recursos, como forma de garantir um melhor cuidado às pessoas acometidas pelas ISTs.