O AVE (acidente vascular encefálico) é importante causa de incapacidade e morte no Brasil e no mundo, afetando diretamente todo o eixo saúde-economia-sociedade, haja vista que pode dificultar diretamente os afazeres diários do paciente, inclusive o trabalho. No entanto, houve importantes avanços no atendimento ao AVE, que impactam diretamente na redução de deficiências e na morte da pessoa. Nesses avanços, a reabilitação está incluída, envolvendo uma complexa linha de cuidado. Geral: Descrever os desafios encontrados pelos pacientes em sua reabilitação ao paciente acometido por AVC. Específicos: Descrever o perfil sociodemográfico dos participantes dos estudos selecionados; identificar a atuação do enfermeiro na transição de cuidados ao paciente para o âmbito domiciliar. Trata-se de uma revisão integrativa, através de pesquisa nas bases de dados reconhecidas na literatura científica: na BVS, BDENF, MEDLINE, SCIELO e LILACS, usando os descritores: AVC, AVE, Stroke, Accidente Cerebrovascular, Acidente Vascular Cerebral, Acidente Vascular Encefálico, Reabilitação, Rehabilitation e Rehabilitación, utilizando o operador boleano AND. Foram selecionados artigos publicados entre os anos de 2013 a 2022, com intuito de avaliar os últimos dez anos de publicações nesse tema. Foram identificadas limitações de cuidados pelas equipes de reabilitação do paciente vítima de AVC. Existem pontos frágeis, principalmente na rede primária de assistência, no que concerne à manutenção de práticas indispensáveis à recuperação do doente. Equipes despreparadas, falta de equipamento e de profissionais, falha na continuidade do cuidado e da não supervisão médica do uso correto de medicações. Fica evidente a necessidade de intervenção do Poder Público diante da problemática, haja vista o superficial cuidado prestado pela rede pública de saúde, uma vez que poucos são os mecanismos que estruturam uma efetiva reabilitação em uma linha de cuidado que deveria ser pautada na integralidade defendida pelo Sistema Único de Saúde, SUS.