Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
AS DIFICULDADES VIVENCIADAS PELO HOMEM EM PRÁTICAS DE SAÚDE DA MULHER: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Ivens Bruno Vieira Cabral
Autores:
- Karol Fireman de Farias
- Cristiane Araújo Nascimento
- Sandra Taveiros de Araújo
- Nirliane Ribeiro Barbosa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Historicamente a enfermagem tem sido uma profissão majoritariamente feminina. A presença masculina, apesar de crescente nos últimos anos, ainda vivencia dificuldades em algumas especialidades, como a saúde da mulher. Desta forma reduzir as barreiras para estes atuarem faz parte dos desafios da enfermagem. OBJETIVO(S): Relatar as dificuldades enfrentadas por discente de graduação de enfermagem do gênero masculino em atividades práticas voltadas à saúde da mulher. MÉTODOS: Trata-se de relato de experiência construído a partir da vivência de discente de graduação em enfermagem durante atividades práticas da Liga Acadêmica de Saúde da Mulher, vinculada à Universidade Federal de Alagoas Campus Arapiraca, durante o ano de 2022, realizadas em Unidade Básica de Saúde e Maternidade de um município do Agreste Alagoano. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As práticas em Unidade Básica de Saúde foram compostas por consultas de enfermagem e ações de educação em saúde. Nas práticas em maternidade o discente acompanhava a enfermeira plantonista de uma maternidade de alto risco. Durante as atividades o discente enfrentou dificuldades como a vergonha de algumas pacientes nas consultas de enfermagem, tanto durante a anamnese quanto durante o exame físico. A timidez era demonstrada tanto pela fala das pacientes quanto pelos olhares lançados ao discente antes de responder alguma pergunta feita pela enfermeira. Houveram também situações em que as mulheres pediam para o discente se retirar da sala para a realização da coleta do exame citopatológico. Isso não aconteceu nas práticas no pré-parto ou durante o parto, nas quais as gestantes se mostraram indiferentes à presença masculina, mas em contrapartida alguns acompanhantes das parturientes se incomodaram com a presença do discente. Essas situações não foram percebidas por parte da equipe profissional, apesar de composta apenas por mulheres. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estigma no atendimento a mulheres por homens é uma barreira que precisa ser desconstruída. Esta temática precisa ser abordada nas salas de espera trazendo a importância da contribuição da categoria de enfermagem, independente do gênero, e da relevância das práticas na graduação.