Há décadas que a música vem trazendo benefícios ao homem, foi em meados do século XIX que ela recebeu maior atenção, pois foi instituída como um recurso terapêutico e até os dias atuais é reconhecida como uma terapia complementar à medicina tradicional. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) se configura como transtorno no neurodesenvolvimento e tem como principais características, prejuízo na comunicação social e interação interpessoal. Objetiva-se elencar as propriedades que a musicoterapia pode trazer para os pacientes portadores do TEA. A pesquisa trata-se de pesquisa bibliográfica realizada no Google acadêmico, utilizando como fatores de inclusão artigos de 2019 a 2023 no idioma português. Os critérios de exclusão foram trabalhos duplicados, teses, dissertações e os que fugiam do objetivo proposto. Resultou-se em 17 artigos que em comum informam que a musicoterapia pode ser aplicada para reduzir comportamentos estereotipados e aumento de habilidades sociais e comunicação em pessoas com autismo. A melhoria dos sintomas da doença esteve presente nos estudos e ressalta a importância que tem o musicoterapeuta no desenvolvimento não apenas da comunicação como nos demais aspectos de acordo com a necessidade de cada um. A referida terapia favorece experiências na área da cognição, linguagem e de interação, abarcando a tríade de alterações características do transtorno, ela auxilia no desenvolvimento da autonomia e na qualidade de vida do sujeito. Diante os fatos supracitados, fica evidente que a música é uma terapia que pode ser utilizada para permitir que cada portador do TEA seja capaz de descobrir seu potencial criativo. Portanto, ela deve ser cada vez mais implementada nas instituições de saúde pública do Sistema único de Saúde (SUS) e nas escolas por meio de políticas públicas que incentive a ampliação do cuidado ao usuário e amplie as abordagens do cuidado, sendo assim ampliando as abordagens terapêuticas, garantindo uma maior resolutividade.