INTRODUÇÃO: O uso de substâncias psicoativas por adolescentes e jovens é uma preocupação dos profissionais da rede de atenção psicossocial (RAPS). No Brasil, iniciou-se a discussão acerca da implementação de ações voltadas para a saúde mental na Atenção Primária à Saúde (APS), através da Lei nº 10.216/2001, que redireciona o modelo assistencial em saúde mental para serviços comunitários e de base territorial, de modo a prestar um cuidado longitudinal e integral aos usuários. OBJETIVO: Relatar a experiência de estudantes de enfermagem da UFPE, durante as atividades práticas da disciplina de saúde mental, dentro da APS. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência vivenciado durante cinco dias de atividades práticas em março de 2023, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). RESULTADOS: Durante o período de prática foram realizadas conversas com os Agentes Comunitários de Saúde, a fim de entender a principal problemática relacionada à saúde mental da população atendida pela Equipe de Saúde da Família (ESF). As estudantes observaram que a principal problemática estava relacionada ao uso de álcool e outras drogas pelos adolescentes e jovens do território. Nesta perspectiva, foram elaboradas estratégias de educação em saúde, em conjunto com a equipe de ESF, a fim de alcançar esse público, através da disponibilização de informações reais sobre o uso de substâncias e seus efeitos, incluindo práticas de redução de danos, com o propósito de evitar agravos à saúde relacionados ao uso de substâncias psicoativas. Logo, folders do Ministério da Saúde (MS) foram distribuídos entre os comunitários, nas escolas, e em outros espaços que agregassem adolescentes e jovens, como também, os mesmos foram trabalhados com os demais profissionais da unidade, visto que, a UBS é um lugar privilegiado para tratar as questões de saúde mental, pois ela é a porta de entrada para outros serviços, responsável por desenvolver ações de promoção de saúde mental, ações de redução de danos e cuidado das pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experiência possibilitou as estudantes perceberem os desafios na promoção e prevenção da saúde mental de adolescentes e jovens, e, que a ESF tem um papel importante na implantação de tecnologias de cuidado, com o apoio deste público, como sujeitos autônomos, com os quais se pode e se deve dialogar.