Introdução: A terminalidade de vida é reconhecida quando todas as opções de tratamento para melhorar a saúde do paciente se esgotam e o fim da vida se torna inevitável. Nesse estágio, há uma maior probabilidade de ocorrerem lesões de pele devido à progressiva diminuição da capacidade funcional do organismo. Objetivo: Identificar as lesões de pele em pacientes na terminalidade da vida e destacar aspectos da assistência de enfermagem, a partir de publicações nacionais disponíveis online. Metodologia: Revisão integrativa da literatura, nas bases de dados Lilacs (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências Sociais e da Saúde), Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), Scielo (Scientific Electronic Library) e BDENF (Biblioteca Virtual em Saúde/Enfermagem). Utilizou-se descritores em saúde (DeCS/Bireme): enfermagem; ferimentos e lesões; doente terminal; assistência terminal; pacientes internados, combinados com operadores booleanos AND e OR. Critérios de inclusão: artigos sobre a temática, disponíveis na íntegra, gratuitamente, nas bases de dados selecionadas, de 2018 a 2022, no idioma português. A amostra final foi de 7 artigos, distribuídos em: Lilacs (04), Bdenf (02) e Scielo (01). Resultados: As lesões de pele na fase final da vida destacadas foram: Feridas neoplásicas: as células neoplásicas ao invadirem o epitélio, infiltram-se no sistema vascular e linfático levando à necrose tecidual; Lesão por pressão, úlcera diabética e feridas operatórias complicadas em ambiente hospitalar, as quais são exacerbadas pelo declínio do estado clínico e comprometem a cicatrização, todavia, é vital priorizar medidas de sedo-analgesia, controle da dor e redução de odores desagradáveis; Lesão Terminal de Kennedy, relacionadas à diminuição da perfusão e hipóxia localizada, dificultando a utilização de nutrientes e fatores necessários para manter a integridade da pele, pode apresentar formatos similares de pêra, borboleta ou ferradura, localizando-se em regiões dos calcâneos, panturrilhas, cotovelos e sacrococcígea. Neste viés, a assistência de enfermagem ao doente terminal visa oferecer-lhe conforto e qualidade de vida, com orientações acerca das lesões, promoção do bem-estar, preparo físico e psicológico. Conclusão: Mediante a gravidade dos pacientes e a irreversibilidade de suas condições clínicas, a equipe multidisciplinar deve ofertar cuidados, numa abordagem paliativa, visando a promoção do conforto e da qualidade de vida.