Introdução: O aleitamento materno é visto como uma prática que proporciona inúmeros benefícios para o binômio mãe-bebê. Além disso, trata-se também de uma questão que influencia diretamente na saúde pública, uma vez que impacta no crescimento e desenvolvimento infantil como também nos índices de desnutrição infantil. Tendo em vista isso, busca-se cada vez mais investir nas crianças e adolescentes como agentes dessa prática, a fim de que possam se tornar conscientes da importância e efetividade da amamentação dentro da sociedade. Objetivo: Avaliar o conhecimento de escolares sobre a amamentação. Metodologia: Estudo transversal, quantitativo, desenvolvido no período de dezembro de 2021 a julho de 2022, com alunos do 4º e 5° ano de uma escola em Acarape, Ceará. Os alunos foram abordados no intervalo das aulas, sendo aplicado um instrumento para avaliar o conhecimento dos alunos sobre a amamentação. A pesquisa respeitou os aspectos éticos sendo aprovado pelo comitê de ética sob parecer 5.249.579. Resultados: A amostra foi composta por 67 alunos com idade entre 09 e 11, média 10 anos. A maioria do sexo feminino (52,24%), parda (55,22%) e afirmou não ter recebido informações prévias sobre amamentação (67,16%). Na aplicação do instrumento, observou-se que o conhecimento foi maior sobre o tempo de aleitamento materno exclusivo (52,23%), o benefício da amamentação para a mãe (62,68 %) e aconselhamento para a rede de apoio (77,61%). Em outras variáveis, observou-se um maior desconhecimento por parte dos participantes, dentre elas estão a definição de aleitamento materno exclusivo (61,19%), benefícios para o bebê (88,05%), rodízio das mamas (82,08%), posição correta para amamentar (62,68%), mitos sobre amamentação (65,67%) e aconselhamento para mãe (67,16%) e família(55,22%). Considerações finais: Observou-se que as crianças possuem relativo conhecimento em algumas temáticas sobre amamentação, no entanto, apresentou lacunas importantes em outras, o que reforça a importância de capacitar esse público a fim de que possam contribuir na mudança de atitudes em casa e, consequentemente, elevar a adesão e duração da amamentação, prevenindo o desmame precoce.