A autoeficácia materna para amamentar é um constructo importante não só para iniciar o aleitamento materno como também para mantê-lo exclusivamente até os seis meses de idade da criança e de forma complementada até dois anos ou mais. Objetivou-se verificar a autoeficácia das puérperas em amamentar a partir da Breastfeeding Self-Efficacy Scale-Short Form – versão brasileira (BSES-SF-VB). Trata-se de um estudo transversal realizado com 104 puérperas internadas em alojamento conjunto de uma maternidade pública de Fortaleza, Ceará. Para tanto, foram realizadas entrevistas com as puérperas nas enfermarias dos alojamentos conjuntos através de um formulário que abordava dados sociodemográficos e obstétricos, e a escala BSES-SF-VB para mensurar a autoeficácia materna. Considerou-se baixa autoeficácia (14 a 32 pontos); média autoeficácia (33 a 51 pontos) e alta autoeficácia (52 a 70 pontos). Analisou-se os dados a partir de estatística descritiva. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética. De acordo com os resultados, pode-se constatar o predomínio de puérperas com faixa etária entre 18 e 42 anos, com média de 27 anos de idade, casada/união consensual, com ensino médio ou superior, exercendo somente atividades do lar, e renda familiar de até um salário mínimo. Ainda, pode-se verificar que a maioria das participantes era primípara, tinha realizado de seis ou mais consultas de pré-natal, e que havia recebido orientações sobre aleitamento materno. No que diz respeito a autoeficácia materna em amamentar, observou-se que 87,5% das puérperas apresentaram alta autoeficácia e 11,5% média autoeficácia. Além disso, constatou-se uma concordância de 90% das puérperas com resposta concordo totalmente nos itens 4 (eu sempre percebo se o meu bebê está pegando o peito direitinho durante a mamada) e 8 (eu sempre posso dar de mamar confortavelmente na frente de pessoas da minha família). Conclui-se a importância do enfermeiro implementar ações de educação em saúde que aumentem a autoeficácia materna em amamentar, a fim de que as puérperas se sintam capazes de promover o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida de seus filhos.