Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS GESTACIONAL NO BRASIL: 2017 2021
Relatoria:
Zaianne Maria Freires da Silva
Autores:
- Liene Ribeiro de Lima
- Francisca Lucilene Santos Matos
- Viviane Adriano Inacio
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A sífilis é uma infecção bacteriana sistêmica, crônica e curável, que tem como agente etiológico a bactéria Treponema pallidum. A transmissão é predominantemente por via sexual (sífilis adquirida) e vertical (sífilis congênita), havendo ainda outras formas de transmissão por via indireta, um exemplo da transfusão sanguínea. Quando tratada da maneira correta, a sífilis é curável, do contrário a doença pode evoluir para formas mais graves, podendo, comprometer os sistemas cardiovascular e nervoso. É uma doença evitável e de fácil diagnóstico, porém, é considerada um importante problema de saúde pública devido à alta transmissibilidade e frequência. No Brasil, a sífilis é uma doença de notificação compulsória, estima-se que a notificação atinja somente 32% dos casos de sífilis gestacional e apenas 17,4% da sífilis congênita. Verificar os casos de sífilis congênita notificados no Brasil, no período de 2017 a 2021. Estudo do tipo ecológico, espaço-temporal de caráter descritivo, com levantamento de dados secundários, por meio de uma análise documental em forma de relatórios, com abordagem quantitativa e de natureza transversal. A população que subsidiou a amostra foi de todos os casos de subnotificação compulsória de sífilis congênita ocorridos no Brasil entre 2017 e 2021. Foram analisados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), disponíveis no Tabnet. Salienta-se que foram respeitadas as normas da Resolução 466/12. No período de 2017 a 2021, foram notificados no SINAN 266.826 casos de sífilis em gestantes no território brasileiro. Foi evidente que em 2018 foi o ano com maior ocorrência de sífilis congênita com 63.250 (23,7%) de casos. Quando observado nas 5 regiões Brasileiras, percebe-se que a região Sudeste apresentou 122.554 (45,9%) dos casos durante o período estudado, seguido da região Nordeste (21,2% - 56.659), Sul (14,9% - 39.872), Norte (9,8% - 26.088) e Centro-Oeste (8,1% - 21.653). Quanto à análise das variáveis sociodemográfico, foi perceptível que a sífilis congênita acometeu mais as mulheres com faixa etária de 20 a 39 anos (193.131 casos - 72,4%). Mediante a esse cenário epidemiológico, é importante garantir acesso aos serviços de saúde, preventivos, terapêuticos e de rastreamento, para as gestantes, seja diretamente por busca ativa dessas nas unidades de atendimento ou a partir da ação das equipes da Estratégia da Saúde da Família, a partir das visitas domiciliares nos bairros.