INTRODUÇÃO: Os profissionais da enfermagem devem ser capazes de prestar uma assistência qualificada no âmbito da saúde coletiva, que por vezes ainda apresenta fragilidades na efetivação das políticas públicas, podendo impactar no bem-estar físico e social das pessoas. Assim, acredita-se que a enfermagem seja um pilar essencial na efetivação da saúde coletiva, pois sua assistência envolve um contato próximo com a realidade do paciente, promovendo a saúde individual e coletiva. OBJETIVO: Investigar, na literatura científica, de que modo a enfermagem atua como um pilar na efetivação da saúde coletiva no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, em que utilizou-se os descritores “Brasil”, “Enfermagem” e “Saúde Coletiva”, presentes no Descritores em Ciências da Saúde, entrecruzados com o operador booleano AND, para pesquisar na Biblioteca Virtual em Saúde, nas bases de dados LILACS, MEDLINE, COLECIONA SUS e BDENF. Se obteve 849 artigos e após os critérios estabelecidos de artigos completos, gratuitos, sem recorte temporal, nos idiomas inglês, português e espanhol e que se encaixassem na temática, reduziram para 471. Pesquisou-se também na Scientific Electronic Library Online, em que acessou-se 70 artigos. Após critérios de inclusão e exclusão a amostra final foi de 11 artigos. RESULTADOS: Habitualmente, a profissão de enfermagem é conhecida como aquela cuja prática é dependente e submissa a outros profissionais de saúde. Em decorrência disso, os trabalhadores de enfermagem tiveram sua autonomia diminuída e perderam sua identidade enquanto classe. Com o fortalecimento da saúde coletiva e com a criação da Estratégia de Saúde da Família, o enfermeiro foi recuperando essa autonomia, se restabelecendo como um importante pilar da saúde coletiva. Essa reestruturação se deve ao fato das atribuições do enfermeiro na Atenção Primária à Saúde abarcarem um grande espectro de atuação, desde o gerenciamento até a realização de ações de promoção de saúde e prevenção de agravos. Ademais, o enfermeiro está à frente da maioria dos procedimentos da APS, e a partir da construção do vínculo com os pacientes, esse profissional é capaz de acompanhá-lo ao longo da vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As práticas assistenciais da enfermagem podem contribuir na efetivação da saúde coletiva, visto que têm um papel social muito relevante, utilizando vínculo, acolhimento, liderança, responsabilização e autonomia como ferramentas para abrir novos caminhos na saúde coletiva.