Introdução: A reflexão acerca da intrincada natureza das implicações pandêmicas tem exigido estudos que apontem os efeitos residuais causados pelo vírus SARS-Cov-2. Objetivo: Mapear as principais sequelas pós-Infecção da COVID-19 identificadas em adultos. Metodologia: Revisão integrativa da literatura científica estruturada em três etapas: 1) escolha da temática, definição da questão norteadora, descritores e critérios de inclusão e exclusão; 2) consulta de artigos acessíveis nas bases de dados, avaliação, discussão crítica dos resultados; 3) apresentação da revisão. Resultados: Inicialmente foram feitas buscas no sítio eletrônico dos Descritores em Ciências de Saúde (DeCS/MeSH). Os descritores foram combinados com os operadores booleanos AND e OR: (COVID OR “COVID de Longo Curso”) AND (sequela OR “sequela pós-infecção por SARS-CoV-2 aguda”). Os manuscritos foram recuperados por acesso on line ao Portal Regional da Biblioteca Virtual de Saúde em junho de 2023. Os limites de refinamento das publicações indexadas foram: artigos completos em português, espanhol ou inglês, publicados em 2023, que respondessem à questão norteadora: quais são as principais sequelas evidenciadas em adultos pós COVID? Foram identificados 349 artigos. Desses foram excluídos os que não respondiam à pergunta norteadora e ao objetivo da pesquisa, assim como cartas ao editor, relatos de experiência e estudos repetidos. A amostra final constituiu-se de 17 artigos científicos para leitura na íntegra. Após o estudo crítico dos manuscritos os resultados foram introduzidos em um quadro de cinco categorias: Título, Autores, Revista, Tipo de estudo, principais resultados. Considerações finais: O perfil das sequelas entre adultos, compreendeu alterações em diversos sistemas (respiratório, neurológico, psicossocial, cardiovascular, gastrointestinal, metabólico) incluindo manifestações com variabilidade que vão além da fadiga, dispneia e perda de memória, como, cefaléia, disforia, distúrbio mental, delírio, insônia, perda de cabelo, intolerância ao exercício, função diária e qualidade de vida prejudicadas, ansiedade, depressão, coagulopatia e sequelas cutâneas, anosmia e ageusia. A análise cuidadosa desse perfil e a realização de estudos robustos se fazem imprescindíveis para estabelecer estratégias eficazes de enfrentamento do impacto negativo dessa circunstância complexa da síndrome da COVID longa, bem como para a abordagem oportuna, resolutiva e assertiva na assistência centrada na pessoa.