INTRODUÇÃO: Os métodos não farmacológicos para alívio da dor são estratégias utilizadas para manejo da dor, da ansiedade e estresse e fazem parte da Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal do Ministério da Saúde. Entre as estratégias reconhecidas pela diretriz estão técnicas como relaxamento, imersão em água, massagens entre outras. OBJETIVO: Relatar a percepção da parturiente quanto ao uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto. METODOLOGIA: trata-se de uma revisão da literatura do tipo narrativa, realizada na Biblioteca Virtual em Saúde utilizando os operadores booleanos 'AND' e 'OR' e ‘AND NOT’ com os descritores: dor de parto, dor do trabalho de parto e terapia farmacológica. Identificando artigos nas bases de dados MEDLINE, LILACS e BDENF e selecionados os originais, nos idiomas português e inglês, sem recorte temporal. Após leitura do resumo, excluindo dissertações e artigos não relacionados ao objetivo do estudo, sendo elegíveis 15 artigos. RESULTADOS: Identificou-se que a satisfação no parto não depende da ausência da dor. Diversas puérperas não optaram pelos métodos não farmacológicos no trabalho de parto por desconhecerem essas estratégias e relataram conhecer apenas uso de anestésicos. Os pesquisadores afirmam que o acompanhante, em sua grande maioria, é o principal responsável pelo uso dos métodos não farmacológicos atuando de maneira paralela com a equipe de profissionais, incentivando as parturientes na sua utilização. Todos os estudos concluíram que o uso dos métodos não farmacológicos foi uma experiência positiva, trazendo a parturiente sensação de bem-estar e reduzindo significativa as dores e o tempo de trabalho de parto. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a utilização dos métodos não farmacológicos surte efeitos positivos na experiência do trabalho de parto, associados a atenção humanizada, a presença do acompanhante e a assistência da equipe multidisciplinar, é capaz de promover apoio e segurança. As abordagens não farmacológicas são ferramentas de fácil utilização e que podem proporcionar melhor vivência do trabalho de parto, viabilizando um parto humanizado. Faz-se necessário que profissionais reconheçam que as mulheres em trabalho de parto devem ter acesso às informações, as possibilitando do uso de estratégias não farmacológicas desde a gravidez, durante o trabalho de parto e estimulando-as na tomada de decisões sobre as mesmas, incluindo esta opção no plano de parto.