INTRODUÇÃO: Com os avanços tecnológicos a educação também enfrentou mudanças significativas. As formas de aprender saíram do papel e caneta, e as de ensinar do modo intramuros da sala de aula. A Educação à Distância – EAD, possibilitou a divulgação de temas de forma remota, em que os indivíduos podem estudar dentro de suas casas e no conforto do lar. Entretanto, a área da saúde, diferente das outras áreas de ensino, necessitam de carga teórico-prática, isto é, a junção dessas duas modalidades, a práxis. Diante disso, a necessidade de entender o ensino remoto em saúde como um percalço na efetivação de uma formação de qualidade, principalmente as de graduação. OBJETIVO: Identificar em artigos publicados na área da saúde, as dificuldades na construção do conhecimento de Enfermagem pela divulgação remota. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada na base de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Para tal, utilizou-se os Descritores em ciências da saúde (DeCS): Educação a Distância; Educação em Enfermagem; Assistência de Enfermagem, para filtrar os conteúdos relacionados na plataforma. RESULTADOS: Encontrou-se 29 trabalhos e após leitura do título, resumo e texto na íntegra, apenas 05 artigos foram selecionados para desenvolver a pesquisa. A partir disso, identificou-se que a difusão do ensino remoto caminha junto com os avanços tecnológicos. Entretanto, a práxis do ensino em saúde deixa de ser efetivada por completo quando não há a possibilidade da prática clínica, do contato com o paciente e realização de procedimentos de Enfermagem. A não realização de procedimento e atendimento interpessoal e presencial acarreta a inexperiência, a falta de domínio técnico, de liderança e segurança. Com isso, há a construção do conhecimento teórico prático em saúde de forma incompleta, incoerente com o que se almeja na prática clínica de profissionais que atuam com a assistência à saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A divulgação do ensino remoto em saúde, por mais que implementado atualmente, pode acarretar o crescimento de profissionais incapacitados, inseguros e negligentes no mercado de trabalho. Ocasionando assim, agravo a saúde dos assistidos e a promoção, prevenção e recuperação em saúde ineficaz. A minimização do compartilhamento de ensino prático por meio virtual e a não legalização de cursos extensos, como a graduação em saúde, é um ponto a ser pensado para diminuir os impactos negativos do EAD.