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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA E O PARTO NORMAL SEGURO EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA NO ACRE: CENÁRIO ATUAL
Relatoria:
Ana Cláudia Rolim de Paiva de Souza
Autores:
  • Ana Paula Amorim Moreira
  • Bruno Pereira da Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: O parto é um processo complexo e, por isso, é essencial que esteja disponível tudo aquilo que é necessário para garantir que, tanto a mãe como o recém-nascido, recebam os cuidados mais seguro. Apesar dos avanços, o parto no Brasil ainda é uma experiência medicalizada sem o respeito às dimensões fisiológicas, sociais, culturais, emocionais e espirituais. Nesse aspecto destaca-se a participação da enfermagem obstétrica como condutora da mudança, com suas práticas ancoradas na humanização da assistência. O enfermeiro obstetra é o agente ativo e propiciador da redução das intervenções desnecessárias, com garantia da via de parto normal e execução de práticas humanizadas. OBJETIVO: Descrever o cenário atual da atuação enfermagem obstétrica e do parto normal seguro em uma maternidade pública de Rio Branco- Acre. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência ocorrido em um Centro de Parto Normal de uma maternidade pública de referência na cidade de Rio Branco, Acre. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No ano de 2022, foram realizados 1971 partos normais, dos quais 70,9% foram assistidos pela enfermagem obstétrica. Dentre a atuação da enfermagem obstétrica pode-se citar: uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor, como massagem, banho morno, penumbra, bola suíça, cavalinho, aromaterapia; monitorização do bem-estar materno e fetal; apoio emocional, entre outros. Algumas práticas recomendadas nas diretrizes da OMS e MS não tem sido realizada conforme preconizado, como é o caso do partograma, que foi realizado em apenas 17 pacientes (1,3%); além disso, a oferta de boas práticas foi de 76,8%. Apesar de este ser um número significativo, vale ressaltar que deve ser oferecido a todas as pacientes, não havendo contraindicação de sua recomendação. Quanto as práticas não recomendadas, houve o uso excessivo de amniotomia em 82,8% e acesso venoso periférico de rotina, em 60,9%. No que se refere aos óbitos maternos, em 2022 ocorreram 3 óbitos maternos (RMM de 69,5/100.000). Quanto aos óbitos neonatais, houve 50 óbitos de recém-nascidos (TMN de 11,6/1.000nv). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Faz-se necessário investimentos na promoção da qualidade e segurança do paciente, através de práticas menos intervencionistas, implementação e revisão de manuais e protocolos, o treinamento contínuo das equipes. O fortalecimento da atuação da enfermagem obstétrica, com prática baseada em evidência é fundamental para mudança desse cenário.