Introdução: As consultas pré-natais são fundamentais na garantia de uma gravidez saudável, possibilitando detectar e tratar possíveis complicações, além de fornecer o apoio necessário às mulheres grávidas, contribuindo para o bem-estar materno-infantil. Objetivo: Descrever a adesão do acompanhamento pré-natal de grávidas atendidas num Centro de Saúde de Puebla, México. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, realizado no período de dezembro/2020 a abril/2022. A amostra foi composta por 90 prontuários de gestantes, maiores de 13 anos atendidas em um centro de saúde da cidade de Puebla, México. Para identificar os fatores sociodemográficos, foi utilizado um formulário baseado na Norma Oficial Mexicana (NOM-004-SSA3-2002) do prontuário; onde foram captadas as variáveis: idade, escolaridade e estado civil. Para a classificação do pré-natal, foi utilizada a Norma Oficial Mexicana NOM-007-SSA2-2016), que estabelece os critérios para monitorar a saúde das gestantes, desde a primeira consulta, onde 8 a 9 consultas são ideais para o acompanhamento pré-natal. Os dados foram processados pelo Statistical Package for the Social Science (SPSS) e apresentados em frequências e percentagens. O estudo foi aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos, seguindo a Norma Oficial Mexicana (NOM-012-SSA3-2012). Resultados: Dos 90 prontuários, a maioria das gestantes tinham idade entre 19 a 24 anos (40,0%); viviam com os parceiros 56 (62,2%) e eram donas de casa 65 (72,2%). Quanto ao acompanhamento pré-natal, a primeira consulta médica ocorreu, em sua maioria, com tempo superior a 04 semanas de gestação 77 (85,6%) e 13 (14,4%) iniciaram com tempo <= a terceira semanas de gestação. Por outro lado, o número de consultas durante o acompanhamento pré-natal foi variado, 32 (35,6%) gestantes fizeram de 1 a 3 consultas, 28 (31,1%) de 4 a 5 consultas e 12(13,3%) atingiram 8 a 9 consultas durante o período gestacional. Conclusão: Se observou disparidade entre as recomendações das Normas Oficiales Mexicanas e a realidade do atendimento pré-natal. Tais informações indicam que, mesmo as gestantes iniciarem o pré-natal nas primeiras semanas de gestações, elas não retornam ao serviço de saúde para completar o número de consultas almejadas para um adequado acompanhamento gestacional. Urge desenvolver estratégias para ampliar os retornos das gestantes durante o período gestacional com intuito de reduzir prováveis impactos negativos na saúde materno-infantil.