A chegada da família real ao Brasil no século XIX, marca o início da psiquiatria no país. Em 1830, inicia-se o processo de medicalização dos “alienados”. A cidade de Barbacena sediou a primeira instituição específica para doentes mentais do estado de Minas Gerais. Em 1922, uma colônia agrícola foi anexada ao hospital para tratar “os loucos”. O primeiro hospício do estado de Minas Gerais, fundado em 1903, tornou-se um dos mais conhecidos por seu funcionamento. O Hospital Colônia de Barbacena ganhou grande destaque e causou grande repercussão nacional e internacional. O objetivo deste artigo é refletir, a partir das aulas da disciplina de saúde mental e a literatura cientifica, as práticas manicomiais em uma Hospital Colônia na cidade de Barbacena (MG), que ficaram conhecidas como “holocausto brasileiro”. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência e exploratório, utilizando-se também da revisão de literatura, abordando artigos, documentários, livros e relatos de experiências quanto ao assunto do Holocausto Brasileiro de Barbacema – MG. As buscas foram realizadas nas seguintes bases de dados: Literatura, ciências da saúde América Latina e Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), além de livros especializados que abordassem a questão, no período de março de 2023. Conclui-se que o processo da Luta Antimanicomial e da Reforma Psiquiátrica, que visavam uma outra forma de atuação para com as pessoas com transtornos mentais, evidenciando que apesar dos avanços e transformações ocorridos, ainda existem desafios a serem superados.