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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
ACOLHIMENTO DE PESSOAS COM SOFRIMENTO MENTAL EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: UM RELATO INTERPROFISSIONAL
Relatoria:
Rafael Mateus Tabosa
Autores:
  • Lais Kailane Costa Duarte
  • Larissa Linhares de Farias
  • Maria Emanoelly Dutra Dias Fernandes
  • Isis Giselle Medeiros da Costa
  • Luana Carla Santana Ribeiro
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: Após a pandemia da covid-19, houve aumento de casos de sofrimento mental e de transtornos psíquicos na população. Estudos apontam possíveis motivações, a exemplo do afastamento do convívio social e reclusão no próprio lar. Neste sentido, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) buscou identificar fragilidades e estratégias de cuidado destinadas ao atendimento ao público em sofrimento mental, junto a uma equipe multiprofissional de uma Unidade Básica de Saúde. Objetivo: Promover estratégias de cuidado a pessoas em sofrimento mental da comunidade adstrita de uma unidade básica de saúde, através da formação de um grupo de suporte denominado Grupo Âncora. Metodologia: Consiste em estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência. Este relato baseia-se em atividades desenvolvidas por discentes do Curso de Enfermagem na UBS Raimunda Domingos de Moura, localizada em Cuité – PB, como parte de um grupo tutorial do PET-Saúde do Centro de Educação e Saúde, da Universidade Federal de Campina Grande. Resultados: Os estigmas sociais em associação a sofrimentos e transtornos mentais podem ocasionar discriminação e isolamento social. Para enfrentamento dos estigmas, as ações desenvolvidas foram inicialmente voltadas à identificação e avaliação de pessoas em sofrimento mental, através da realização de entrevistas na unidade e em visitas domiciliares, de forma individualizada e com aplicação do teste validado Self-Reporting Questionnaire, que tem como objetivo colher informações que podem detectar possíveis sinais de adoecimento mental. Em seguida, foi promovido um encontro para acolhimento, fortalecimento de vínculos e formação de um grupo operativo, intitulado de “Grupo Âncora”. Neste, foi proposto uma roda de Terapia Comunitária mediada por uma psicóloga e com participação dos membros da comunidade e profissionais da referida unidade. Durante a atividade desenvolvida, foram expostas situações desconfortáveis ou que geravam sofrimento aos participantes, sendo seguida de uma eleição para problemática a ser explanada, possibilitando-se também que os demais participantes relatassem situações semelhantes que vivenciaram, assim como formas de resolução de problemas. Considerações finais: Torna-se fundamental a abordagem comunitária, uma vez que a estratégia foi eficaz em promover o cuidado a usuários de saúde com transtornos mentais ou algum nível de sofrimento emocional, e com a participação de profissionais de saúde.