Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM PRIMÍPARAS NO PARTO NORMAL
Relatoria:
Emilie de Menezes Chianca Vieira
Autores:
- Tácila Thamires de Melo Santos
- Wezila Gonçalves do Nascimento Silva
- Ana Luiza da Silva Costa
- Bianca de Souza Castro
- Ana Luisa de Melo Xavier
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Aproximadamente 18 a 44% das brasileiras que pariram sofreram algum tipo de violência obstétrica, isso ocorre pela falta de conhecimento de seus direitos e de práticas abusivas de profissionais de saúde. A violência obstétrica pode ser física, psicológica, verbal, discriminativa, por negligências ou por condutas desnecessárias, muitas vezes prejudiciais e sem embasamento científico. Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento das primíparas em relação à violência obstétrica. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa analítica transversal de abordagem quantitativas dos dados. Os dados fizeram parte de um projeto guarda-chuva. Realizado na Estratégia Saúde da Família (ESF) na cidade de Campina Grande. A coleta de dados foi realizada no período de novembro e dezembro de 2019. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa da Faculdade de Ciências Aplicadas (FACISA), localizada no município de Campina Grande-PB. Tem como número de registro o CAAE: 22529619.9.0000.5175. Resultados: Participaram desta pesquisa 72 participantes, sendo 63,9% são pardas e pretas. Das 72 entrevistadas, 57,7% com ensino médio completo e 56,9% não trabalhavam. identifica-se que 40,3% das mulheres afirmam que conhecem o que é violência obstétrica. Dessas, 62,0% conhecem seus direitos como parturiente. Das entrevistadas a 81,9% não foram negados o direito do acompanhante. Aproximadamente, 62,0% não sabem o que é um plano de parto. Mais da metade das mulheres (57,1%) alegam que aceitaram sem questionar os procedimentos realizados no Trabalho de Parto (TP). Das participantes, 29,0% afirmaram ter sofrido violência verbal. Considerações finais: Infelizmente muitas entrevistadas não sabiam identificar o que era uma violência obstétrica, sendo assim submetidas a intervenções desnecessárias. Notou-se neste estudo que o nível de escolaridade influenciou na falta de informação sobre o parto. Identifica-se a importância da atenção à mulher nesse período para que dúvidas sejam sanadas e proporcione boas experiências positivas na vida da parturiente.