Introdução: Cuidados Paliativos são abordagens realizadas por equipe interdisciplinar para pessoas com doenças ameaçadoras da vida. Visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares, com o intuito de aliviar o sofrimento, seja ela de origem física, emocional, social e espiritual. Tal prática foi implementada na década de 90 no Brasil, contudo, a efetivação desse cuidado, ainda, enfrenta obstáculos, como: políticas públicas, desafios institucionais, principalmente na capacitação da equipe multiprofissional. Objetivo: Relatar as experiências de enfermeiros residentes durante a vivência em uma unidade hospitalar em implementação de Cuidados Paliativos e em uma unidade com o serviço já estabelecido. Metodologia: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado a partir da vivência de Enfermeiros Residentes no primeiro semestre de 2023, durante prática em hospitais com Cuidados Paliativos no Estado do Paraná. Resultados: A vivência ocorreu em dois momentos, o primeiro, em um serviço de Hospital geral, em implementação de Cuidados Paliativos. Os residentes perceberam nos profissionais, dificuldade na compreensão do conceito de Cuidados Paliativos e a diferença dessa abordagem e os cuidados de fim de vida. Os pacientes elegíveis e seus familiares, majoritariamente eram abordados e transferidos para esta unidade em processo ativo de morte, o que gerou estigmas no hospital, apesar de haver investimento institucional para melhoria do serviço prestado. Em contrapartida, no segundo momento foi possível participar de um serviço de Cuidados Paliativos já consolidado em um Hospital Oncológico. Conta com equipe interdisciplinar especializada e uma estrutura que remete ao ambiente domiciliar. O qual já possui diferentes setores necessários às demandas dos pacientes de fácil acesso, para a ação direta aos pacientes. Os residentes participaram de reuniões multiprofissionais, diariamente, para discussão dos casos e ajuste dos cuidados, sendo perceptível o trabalho em equipe e a meta do cuidado. Considerações finais: É notória a diferença entre um serviço implantado e outro em estágio inicial, onde o estigma é mais presente no hospital com o serviço em desenvolvimento. Portanto, faz-se mister o fornecimento de capacitações e sensibilizações para os profissionais, no intuito de ofertar esse serviço de maneira precoce e com qualidade, a fim de superar as inseguranças ao redor do tema.