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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
OCORRÊNCIA DE VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA CONTRA A POPULAÇÃO LGBTQIAPN+
Relatoria:
NICHOLLE AKOCAYTI SABARA BEZERRA
Autores:
  • EDUARDA DA SILVA MIRANDA
  • JULIA MARIA DE JESUS SOUSA
  • ANGELO BRITO RODRIGUES
  • ROSE DANIELLE DE CARVALHO
  • JARDELINY CORRÊA DA PENHA
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A violência é um grave problema de saúde e perpassa por todos os grupos sociais e não faz distinção entre estes, sendo que alguns estão mais vulneráveis a sofrerem algum tipo de violência ao longo da vida, como é o caso da população de lésbicas, gays, bissexuais, transgênero, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais, não-binários e outras identidades (LGBTQIAPN+). Entre os principais tipos de violência, tem-se a violência psicológica, que envolve a manipulação afetiva, controle coercitivo, insultos, isolamento social e outras formas de agressão não física. Objetivo: Identificar a ocorrência de violência psicológica contra a população LGBTQIAPN+ residente em um município piauiense. Metodologia: Estudo descritivo-exploratório, transversal e quantitativo, realizado num município do centro-sul do estado do Piauí, com 109 indivíduos da população LGBTQIAPN+. A coleta de dados se deu no período de junho de 2022 a abril de 2023, com aplicação de formulário sobre perfil socioeconômico, orientação sexual/identidade de gênero e ocorrência de violência psicológica. Os dados foram digitados e analisados descritivamente no programa Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0. A pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa, parecer n. 5.492.874. Resultados: Os(as) entrevistados(as) eram pardos(as), 64 (58,7%); com ensino médio (in)completo, 36 (33,0%); solteiros(as), 95 (87,2%); católicos(as), 59 (54,1%); que trabalhavam fora de casa, 71 (65,1%). Quanto à orientação sexual, a maioria informou ser gay, 46 (42,2%); e acerca da identidade de gênero, 53 (48,6%) se consideraram homens cisgêneros e outras 53 (48,6%), mulheres cisgêneras. Sobre a ocorrência da violência, pouco menos da metade afirmou ter sofrido algum tipo, 54 (49,5%). E entre estes, 46 (85,1%) sofreram violência psicológica associada ou não a outro tipo de violência. Considerações finais: A violência psicológica é uma realidade preocupante na população LGBTQIAPN+, que pode ter consequências graves para a saúde mental e o bem-estar dessas pessoas. Assim, é necessário que sejam implementadas medidas efetivas de prevenção e combate desse tipo de violência. Ademais, devem ser desenvolvidas ações que promovam a inclusão, o respeito e a proteção dos direitos dessa população, bem como de educação da sociedade sobre a importância da diversidade e do respeito às diferentes orientações sexuais e identidades de gênero, a fim de criar um ambiente mais seguro e acolhedor para todos(as).