O presente artigo tem como objetivo analisar o uso da terapia a laser de baixa intensidade no tratamento de feridas cutâneas, visando avaliar seu potencial terapêutico no processo de cicatrização. Essa terapia representa uma alternativa viável e inovadora em comparação aos tratamentos convencionais, oferecendo vantagens como tecnologia de baixo custo e acessibilidade. A pergunta norteadora deste estudo foi: "A enfermagem está utilizando a terapia a laser no tratamento de feridas?" Para responder a essa questão, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, utilizando artigos publicados nas bases de dados como Scielo, LILACS, PUBMED, BDENF e BVS. Após a coleta de dados, os artigos foram analisados para aplicação dos critérios de exclusão. Foram selecionados 20 artigos, dos quais 3 foram excluídos por não se adequarem ao tema da pesquisa. Dos 17 artigos restantes, 4 foram considerados relevantes. Foi observado que o uso da terapia a laser de baixa intensidade no tratamento de feridas por profissionais de saúde apresentou resultados promissores. Houve evidências de encurtamento da extensão da lesão tecidual, devido aos efeitos dos comprimentos de onda de baixa potência, que atuam como imunomoduladores no metabolismo celular. Além disso, a terapia a laser afeta os processos oxidativos da respiração celular, que é essencial para a composição da matriz celular. Esses efeitos puderam ser visualizados microscopicamente, demonstrando o aumento dos componentes da matriz celular envolvidos nos processos de cicatrização. Estudos randomizados também evidenciaram a atuação da terapia a laser na resposta inflamatória, com efeito anti-inflamatório e redução da síntese de mediadores químicos. Além disso, a terapia a laser apresentou efeito analgésico, promoveu a angiogênese local e a oxigenação do tecido lesionado. Em conclusão, o uso da terapia a laser de baixa intensidade acelera a regeneração do tecido lesionado, apresentando efeitos analgésicos e anti-inflamatórios. Além disso, essa tecnologia é de baixo custo e de fácil utilização, mas requer estudos mais complexos para investigar possíveis efeitos controversos no organismo. Recomenda-se a implementação de um código regulatório que estabeleça o comprimento de onda adequado para cada tipo de tecido lesionado, bem como a capacitação dos enfermeiros no uso da terapia a laser de baixa intensidade e a distância correta entre o laser e a ferida, a fim de garantir uma equipe qualificada na assistência ao paciente.