INTRODUÇÃO: A hemorragia pós-parto é uma causa significativa de morbidade e mortalidade materna em todo o mundo. Quando métodos conservadores de controle da hemorragia falham, a histerectomia emergencial pode ser necessária como última medida. Essa decisão deve ser tomada por uma equipe médica experiente, em ambiente hospitalar adequado, levando em consideração os riscos e benefícios, bem como a saúde materna e a possibilidade de futuras gestações desejadas. A histerectomia após hemorragia pós-parto é uma intervenção extrema reservada para casos em que outros métodos de controle da hemorragia falharam ou são inadequados. OBJETIVO: Relatar uma experiência de uma estudante de enfermagem sobre o processo de histerectomia após hemorragia pós-parto. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência a cerca de uma vivência durante um estágio curricular do módulo de Materno-Infantil, vinculado ao departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Sergipe/Campus Lagarto, na Enfermaria da Maternidade Zacarias Junior, Lagarto/SE. Ao chegar em cada setor os alunos são distribuídos para as enfermarias do centro cirúrgico e o centro de parto normal para acompanhar as gestantes e puérperas. Os prontuários são checados. As estudantes avaliaram o prontuário, realizaram a visita na enfermaria, o procedimento de inserção da sonda vesical de demora, sob supervisão da professora, e a coleta dos sinais vitais, da gestante destinada. As estudantes participaram da cirurgia como observadoras da cirurgia. RESULTADOS: Na paciente em questão, houve retenção de fragmentos placentários após o parto, resultando em hemorragia. Apesar dos esforços médicos para controlar a hemorragia, a histerectomia foi necessária. A paciente foi informada sobre sua condição e teve a oportunidade de expressar seus desejos e preocupações. Considerando a gravidade da hemorragia e os riscos envolvidos, a decisão foi tomada em conjunto com a paciente, uma jovem mãe de três filhos. A histerectomia foi realizada sem complicações, em um tempo total de 1 hora e meia. A paciente teve uma recuperação favorável no pós-operatório, sendo capaz de amamentar seu bebê. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experiência destaca a importância de uma abordagem centrada na paciente, considerando suas preferências e necessidades individuais, é fundamental. A decisão de realizar uma histerectomia deve ser cuidadosamente avaliada, considerando riscos, benefícios e impactos emocionais e reprodutivos, e as informações fornecidas claramente.