INTRODUÇÃO: O câncer de colo do útero é uma das neoplasias malignas mais frequentes entre as mulheres, sendo responsável por diversos casos e óbitos anualmente. Embora haja atendimento integralizado, ações preventivas, e estratégia de saúde da família, a adesão ao exame citopatológico ou Papanicolau, apresenta-se com uma cobertura deficiente. Esse cenário, torna-se uma preocupação para a saúde pública, visto este exame ser utilizado para rastreamento do câncer cervical. Diversos são os fatores que contribuem para essa conjuntura, e identificá-los é fundamental, a fim de que ações sejam elaboradas, ampliando o número de mulheres rastreadas. OBJETIVO: Descrever o impacto das características socioeconômicas na adesão ao Papanicolau. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, utilizando três bases de dados eletrônica para busca, sendo elas: SciELO (Scientific Electronic Library Online); PubMed (National Library of Medicine National Institutes of Health) e LILACS (Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), entre agosto a setembro de 2022. A busca utilizou-se dos descritores: rastreamento, mulheres, citopatologia e adesão, conectados pelo operador boleano AND. Foram incluídos estudos primários que tratavam da temática abordada, publicados entre os anos de 2012 e 2022, no idioma português e inglês, de acesso livre. Foram excluídos os estudos duplicados e que não retratavam a temática. RESULTADOS: Com base nos descritores, foram selecionados 478 estudos, e após os critérios de exclusão, permaneceram apenas cinco para compor a amostra final. Ao analisar os artigos, observou-se que há influência socioeconômica na baixa adesão do exame, tornando a terceira causa mais comum de óbitos em mulheres. Vale destacar que a baixa escolaridade está interligada, pois corrobora para falta de informações sobre a relevância e consequências da não realização do exame. Outro fator é a baixa aquisição econômica que está associada a menor frequência de busca dos serviços saúde pelas mulheres. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nota-se a necessidade de medidas exequíveis, tais como: identificação das mulheres faltosas, realizando a busca ativa na comunidade, educação em saúde, desmistificação de tabus e o entendimento dos sentimentos e preocupações que as impedem de realizar o exame. E, por fim, o estabelecimento de uma relação estreita entre enfermeiro e paciente, incluindo estas nas unidades de saúde.