Introdução: A hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa, provocada por uma bactéria gram-positiva denominada cientificamente como Mycobacterium leprae, que compromete principalmente células da pele e nervos periféricos. Porém, em estágios mais avançados, a patologia pode afetar também as mucosas e órgãos internos, onde no último ano, o Brasil registou 17.979 novos casos de hanseníase, ficando assim, em segundo lugar como país com maior número de casos, e que no ano de 2023, 2.1 mil novos casos foram notificados no estado do Maranhão, tornando-o assim como um dos estados mais hiperêndemicos do país. Objetivos: Descrever o perfil sociodemográfico dos casos de hanseníase notificados no município de Imperatriz - MA, entre os anos de 2011-2020. Metodologia: Esta pesquisa se caracteriza como um estudo documental e epidemiológico, dos casos de hanseníase notificados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação-SINAN, da Vigilância Epidemiológica do município de Imperatriz – MA, no período entre 2011 e 2020. Resultados e Discussão: No período de estudo, o município de Imperatriz - MA notificou 1678 casos novos de hanseníase. Além disso, as características sociodemográficas dos casos de hanseníase indicaram um maior predomínio da doença em pessoas de sexo masculino (56,73%), de pele parda (57,09%), com faixa etária de 30 a 59 anos (49,05%), onde 41,48% dos sujeitos possuíam ensino fundamental incompleto, e que trabalhavam em ocupações que exigiam baixo grau de escolaridade ou aposentados (34,69%), e que residiam em zona urbana (97,43%). Ao analisarmos o perfil sociodemográfico do município de Imperatriz, pode-se perceber um maior risco de adoecimento da população adulto jovem, economicamente ativa e de baixa escolaridade, que residiam em zona urbana, o que revela uma área de transmissão ativa da doença. Considerações Finais: Diante do presente estudo pode-se ser demonstrado qual o verdadeiro cenário da hanseníase no município de Imperatriz - MA, ficando evidente a necessidade de aprofundar a análise desses fatores que facilitam a infecção pela patologia e analisar a correlação entre os fatores determinantes sociais com a alta taxa de diagnóstico da doença, para que com isso, possa ser desenvolvidas ações de prevenções e controle da hanseníase pelos gestores de saúde responsáveis de modo municipal e estadual possam criar novas estratégias de prevenção e melhoria no controle de transmissão.