Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
INDICADORES DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Relatoria:
ROBERTA LAÍSE GOMES LEITE MORAIS
Autores:
- Juliana da Silva Oliveira
- Vanda Palmarella Rodrigues
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) é o órgão responsável pela elaboração e execução do Plano de Controle de Infecção Hospitalar, o qual tem por objetivo definir ações que resultem na redução da incidência e gravidade das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), através da vigilância, monitoramento e notificação das IRAS. Após a consolidação dos dados, as CCIH devem informá-los às Coordenações/Núcleos Estaduais de Controle de Infecção Hospitalar (NECIH), para que seja gerada informações relacionadas às IRAS no âmbito Estadual. Este estudo tem como objetivo analisar o relatório dos indicadores de IRAS do Estado da Bahia. Trata-se de uma pesquisa documental, baseada no relatório do Núcleo Estadual de Controle de Infecção Hospitalar da Bahia, ano 2022. Este relatório apresenta dados consolidados dos anos 2018 a 2022; é de domínio público e está disponibilizado no site da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Entre 2018 a 2022, o NECIH monitorou 330 hospitais, desses 106 possuíam Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 224 não possuíam; 90,1% dos hospitais com UTI e 51,3% dos sem UTI realizaram notificação regular das infecções hospitalares. Com isso, percebe-se que nem todas as CCIH constituídas são atuantes, destacando aqueles hospitais com UTI, que apesar de serem unidades de alta complexidade, parte deles ainda não fazem o monitoramento regular das IRAS. Quanto à densidade de incidência, viu-se um decréscimo nos últimos 5 anos, sendo que em 2018 foi de 5,7/ mil pacientes dia e em 2022 foi de 4,2. A topografia de maior frequência, em todos os anos, foi o trato respiratório, seguida da corrente sanguínea, trato urinário e sítio cirúrgico; demonstrando a relação entre as IRAS e o uso de dispositivos invasivos. A taxa de letalidade variou entre os anos investigados, apresentando, respectivamente, os seguintes valores: 13,5%, 10,9%, 15,5%, 16,7% e 12,7%. Observa-se que os maiores percentuais foram em 2020 e 2021, o que pode estar relacionado à ocorrência da pandemia COVID-19, com pacientes mais graves, maior número de internamentos em UTIs e maior uso de dispositivos invasivos. Assim, ressalta-se, a importância do monitoramento e notificação das IRAS, pois a partir desse conhecimento é que será possível planejar as atividades necessárias para seu controle e prevenção.