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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
GESTAÇÃO TARDIA NO BRASIL ENTRE 2011 E 2021
Relatoria:
Alana Vitória Escritori Cargnin
Autores:
  • Camila Moraes Garollo Piran
  • Mariana Martire Mori
  • Leslie Villarroel Yáñez
  • Maria de Fátima Garcia Lopes Merino
  • Marcela Demitto Furtado
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A gestação tardia ou gestação em idade materna avançada, ocorre em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos. Nesse contexto, tem maior probabilidade de complicações no período gestacional e de evoluir com desfechos negativos, dessa forma tem sido considerada pelo Ministério da Saúde (MS) como uma gestação de alto risco (BRASIL, 2012). Ao examinar uma série temporal, espera-se que exista uma causa relacionada com o tempo, que influencie os dados no passado e que pode continuar influenciando no futuro, tornando possível prever o aumento ou redução da gestação de alto risco. Objetivo: Analisar as séries temporais da gestação tardia no Brasil no período de 2011 a 2021. Metodologia: Estudo ecológico, descritivo de abordagem quantitativa entre gestantes brasileiras com idade igual ou superior a 35 anos. Os dados foram obtidos no Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) referente ao período de 2011 a 2021. As taxas foram calculadas pela razão entre o número de nascidos vivos das mães de 35 anos ou mais, dividido pela população correspondente a mesma, de acordo com o censo multiplicado por 1000. Foram utilizados dados secundários de acesso público dispensando apreciação ética. Resultados: participaram do estudo 4.361.675 gestantes. Em 2018 houve a maior taxa de gestações tardias no Brasil 10,5. Ao analisarmos as Regiões brasileiras, nota-se que a Região Norte foi a que obteve taxas mais elevadas de gestantes em idade tardia no período de 2011 a 2017, variando entre 9,6; e 10,5 respectivamente, com posterior decréscimo e aumentando no ano de 2021 com taxa de 10,5 quando comparadas as demais regiões. Em relação a Região Nordeste, a mesma apresentou a taxa de 9,8 em 2018 e 2019, sendo sua maior taxa de gestantes em idade tardia no período estudado. Já a Região Sudeste e a Região Sul, mostram elevação das taxas de gestantes em idade tardia no ano de 2018, sendo 10,7 e 10,5, respectivamente. Quanto a Região Centro-oeste o aumento da taxa foi nos anos de 2018 e 2019, com 11,0, de modo respectivo. Considerações finais: Analisando a série temporal, observa-se que ao longo do período houve um aumento das gestações em idade tardia em todo o Brasil, demonstrando a necessidade de adequação dos serviços de saúde para assistência pré-natal a essas mulheres, visto que a gravidez tardia é considerada fator de risco para a morbidade materna e fetal, e desenvolvimento de doenças durante a gestação.