Introdução: Em janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou a epidemia do coronavírus uma emergência internacional1. Diante deste cenário pandêmico, os profissionais de enfermagem encontraram desafios importantes e muitos podem ter desenvolvido Síndrome de Burnout (SB). Objetivo: Avaliar a prevalência da SB em técnicos de enfermagem e enfermeiros que atuaram em unidade de terapia intensiva (UTI) durante o período crítico da pandemia da COVID-19. Método: Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e transversal, que deverá ser realizado no período de maio a julho de 2022 e será encaminhado para apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa local, conforme a Resolução n° 466/2012 do Conselho regional de Saúde. Resultado: Participaram do estudo 32 profissionais, sendo 43,75% enfermeiros e 56,25% técnicos de enfermagem. Evidenciou-se que a maior parte da equipe contava com tempo de atuação maior que quatro anos (90,7%), e possuía duplo vínculo empregatício (53,1%). Em cada dimensão do Maslach Burnout Inventory-Human Service Survey (MBI-HSS) evidenciou-se que 62,5% apresentaram alta grau para exaustão emocional, 50% apresentaram alto grau para despersonallização e 37,5% apresentaram um grau moderado ou baixo para realização pessoal. Assim, neste estudo 15,6% dos profissionais avaliados pelo MBI-HSS apresentam SB, sendo mais frequente nos técnicos de enfermagem em comparação aos enfermeiros. Entretanto, apenas o duplo vinculo mostrou-se como fator preditor, estatisticamente significativo, associado a maior prevalência da SB. Conclusão: Os técnicos de enfermagem e enfermeiros atuantes em UTI na pandemia da COVID-19 enfrentam níveis significativos da SB. Diante esse cenário esperasse que as instituições planejem e elaborem programas para prevenção e promoção da saúde dos seus colaboradores.