No século XV a morte fazia parte do cotidiano, era vista como um acontecimento natural, onde todos as pessoas presenciavam, até mesmo as crianças, pois a morte costumava ser em suas residências. Quem tem de lidar constantemente com a morte e o morrer são os profissionais de saúde, mas cada um tem suas percepções e opiniões sobre essa vivência, pelo fato de cada pessoa reagir e lidar com seus sentimentos ao seu modo. Essa percepção reflete na forma como tratam os pacientes e acompanhantes. O objetivo do estudo foi analisar a percepção da equipe multiprofissional de saúde acerca da morte e o morrer. Este estudo é de caráter descritivo com abordagem quanti-qualitativa. Para coleta de dados foi utilizado um questionário com perguntas semiabertas que abordou questões sobre a temática. A amostra foi constituída por 48 profissionais de saúde que fazem parte do corpo clínico do Hospital e Maternidade Governador José Sarney Costa, no município de Pindaré- Mirim. A pesquisa foi autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com o parecer nº 4.743.283. Percebeu-se que mesmo os profissionais que tiveram esse assunto abordado durante a sua formação acadêmica, não se sentiam preparados para lidar com a morte. Alguns profissionais de saúde têm dificuldade na compreensão desse tema, pois se trata de uma situação irreversível e verdadeira. Lidar com a morte desperta sentimentos como impotência e perdas. Muitos profissionais consideram a morte uma temática difícil para a ser abordada, discutida e principalmente vivenciada. Diante disso é necessário abordar esse assunto desde a formação acadêmica, pois é um fato presente na vida de todos os seres vivos e fugir dele não o fará desaparecer.