INTRODUÇÃO: Na Atenção Básica (AB) as práticas do cuidado ocorrem dentro de um território, refletindo num estreitamento de vínculo entre a comunidade e o serviço de saúde. Assim, os serviços da AB são potenciais espaços para o ensino em serviço, contribuindo para formação de profissionais mais qualificados para atuarem compreendendo às bases de funcionamento do SUS e o processo saúde-doença. Nesse contexto, a universidade visou integrar ensino-serviço-comunidade por meio da disciplina Práticas Médicas no SUS ofertada nos primeiros dois anos do curso de medicina, a qual visa proporcionar ações que melhorem a qualidade de vida das pessoas e do território e formar médicos com uma visão integral do ser humano. OBJETIVO: relatar a percepção de enfermeiras sobre a inserção de graduandos do curso de medicina na Atenção Básica. METODOLOGIA: estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre a preceptoria realizada por enfermeiras da Atenção Básica no município de Parnamirim/RN, para alunos de medicina de uma universidade privada do Estado. A vivência ocorreu no período de fevereiro a junho de 2023. RESULTADOS: os graduandos puderam realizar sob supervisão das enfermeiras ações de promoção à saúde conforme calendário ministerial e no Programa Saúde na Escola, consultas nos diversos programas da Atenção Básica, visitas domiciliares, coleta de exame citopatológico, acolhimento com classificação de risco, administração de medicamentos, realização de curativos e retiradas de pontos, participação em campanhas de vacinas, sala de espera, testes rápidos de IST’s e covid-19, além de oferecerem aos profissionais e usuários atividades de Práticas Integrativas e Complementares em saúde, tais como, massagem relaxante, meditação guiada, aromaterapia e cromoterapia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: percebeu-se que a inserção do graduando de medicina nos serviços de AB se faz de grande relevância, visto oportunizar ao futuro profissional a aproximação com este nível de atenção e o desenvolvimento de discussões de temas relevantes para a saúde pública. Contribuiu também para sensibilizá-los quanto a importância da criação de vínculo, empatia e de visualizar o usuário em sua subjetividade. Acredita-se que esta experiência possa está contribuindo para formação de profissionais que não estejam impregnados com um modelo de saúde curativista, hospitalocêntrico, pautado em especialidades, e que estejam comprometidos em vislumbrar a melhoria da qualidade de vida do território assistido.