Introdução: O óbito fetal é caracterizado pela morte de um produto da concepção, ocorrendo antes da expulsão completa do corpo da mãe, possuindo peso ao nascer >= 500 gramas e idade gestacional >= 22 semanas. A assistência dos profissionais de saúde às mulheres em processo de perda fetal deve ser holística, possibilitando cuidado, segurança e conforto. Salienta-se que, a atuação da enfermagem, especialmente por estar na linha de frente do atendimento, deve ser acolhedora e utilizada de comunicação efetiva, proporcionando à mulher e aos seus familiares uma atenção individualizada frente ao cenário vivenciado. Destaca-se que os serviços de saúde devem fomentar capacitações efetivas aos profissionais, efetivando a qualidade da assistência à saúde materna. Objetivo: Analisar a produção científica acerca da atuação do enfermeiro frente às perdas fetais e os impactos de suas ações na saúde materna. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual a busca de dados se deu a partir das seguintes bases de dados: MEDLINE, LILACS, SciELO e BDENF, durante o mês de junho de 2023. Os critérios de inclusão foram: respondessem ao objetivo da pesquisa, artigos disponíveis na íntegra e terem sido publicados no período de 5 anos, compuseram a amostra final 5 artigos. Para realizar a busca foram utilizados os seguintes descritores: Óbito Fetal, Saúde Materna e Educação em Saúde. Resultados: Os estudos demonstram que o óbito fetal é um problema de saúde pública que envolve além de questões sociopolíticas. É observado que os profissionais de enfermagem no cenário de óbito fetal, não se sentem confortáveis e aptos para assistir a paciente de forma íntegra, principalmente porque não há educação permanente nas instituições de saúde de forma a preparar as equipes para desenvolvimento desses cuidados. Em adição, destacam-se vulnerabilidades no cuidado ofertado à figura materna, em virtude de um atendimento inadequado e subestimação do luto vivenciado pela família. Desse modo, há uma resistência e déficit de cuidado em assistir casos de perdas fetais, situação evidenciada também, pela ausência de aproximação com a temática durante a formação na graduação. Considerações finais: Torna-se relevante a importância da qualificação das equipes de enfermagem diante do cenário de perda fetal para uma assistência holística, acolhendo mães e familiares de forma particular, proporcionando um cuidado digno nesse ínterim do processo de perda e luto.