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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
COMPARTILHAMENTO DE SABERES EM SAÚDE NO TERRITÓRIO: DIREITO SEXUAL E REPRODUTIVO
Relatoria:
NATÁLIA LOUREIRO ROCHA
Autores:
  • Vanessa dos Santos Luciano Cavalcanti
  • Gabrielle Silva Nascimento
  • Vanessa dos Santos Gigliozzi Coutinho Pinto
  • Emanoela Tavares Godois
  • Cristiane Gonzaga Camilo Costa
  • Michele Cristina de Vasconcelos Brasil Furtado
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A abordagem sobre direitos sexuais e reprodutivos à população emergiu a partir da necessidade de transmitir aos indivíduos sobre o direito assegurado por lei de ter a autonomia de decidir sobre a própria saúde reprodutiva (LUIZ et al, 2015). Objetivos: Discutir as vivências de enfermeiros na implementação do grupo de planejamento reprodutivo extra-muros, com enfoque no território da Equipe Cadetes. Método: Trata-se de um relato de experiência das enfermeiras atuantes na Clínica da Família Faim Pedro - localizado no bairro Realengo, na área programática 5.1 do município do Rio de Janeiro - durante a execução da estratégia de planejamento reprodutivo no território da Equipe Cadetes. A metodologia utilizada consistiu em uma roda de conversa interativa, com exposição dialogada da linha temática e posterior discussão sobre vivências e expectativas acerca do tema, com vistas a modificar tabu e estimular a interação dos pares. Resultados e discussão: A proposta contou com a discussão sobre o corpo feminino e masculino, métodos contraceptivos de barreira, hormonais, comportamentais e cirúrgicos, reflexos do climatério, sexualidade em saúde, prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e estratégias para detecção precoce do câncer de mama e colo de útero, fortalecendo a busca ativa de usuárias para rastreio oportuno. A avaliação da ação foi positiva por parte das usuárias, onde a totalidade reconhece a potência de ações que ultrapassem as barreiras das Unidades Básicas de Saúde e discutam as questões do processo saúde-doença nos espaços ao qual os usuários estão inseridos. Com a modificação legal sobre os métodos cirúrgicos de laqueadura e vasectomia, somado a possibilidade de inserção de Dispositivos Intra-uterinos (DIU) pelas Unidades Básicas de Saúde, o planejamento reprodutivo ampliou sua efetividade, se tornando uma ferramenta potente para que o usuário planeje de forma consciente sua vida reprodutiva. Conclusão: Conclui-se que o planejamento reprodutivo é uma estratégia potente para a Atenção Primária à Saúde e salienta-se que este não deve ser apenas pautado em ações puramente prescritivas sobre métodos disponíveis, devendo ser reconhecido como um espaço que supere o reducionismo biológico, promova espaços dialógicos com troca de vivências e fortaleça a autonomia dos usuários para suas escolhas reprodutivas.