Antimicrobianos são substâncias naturais ou sintéticas que agem sobre microrganismos inibindo o seu crescimento ou causando a sua destruição. Produto de metabolismo secundário, produzido por diversas espécies de microrganismos (bactérias, fungos, actinomicetos) que inibem o crescimento de outros microrganismos, podendo eventualmente destruí-los, mesmo quando usados em baixas concentrações. Os antimicrobianos podem agir através da interferência na síntese da parede celular, inibição da síntese protéica, interferência na síntese dos ácidos nucléicos, inibição de uma via metabólica e rompimento da estrutura da membrana bacteriana. A resistência bacteriana a um antimicrobiano pode ser dividida em três categorias: o fármaco não atinge seu alvo; o fármaco não é ativo; ou o alvo é alterado. Este trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência de bactérias isoladas de espécimes clínicos coletados de pacientes atendidos em um laboratório privado de São Luís - MA e traçar o perfil de resistência destas bactérias aos antimicrobianos de uso rotineiro. A metodologia utilizada foi de caráter descritivo e quantitativo, através da obtenção e processamento das amostras e teste de sensibilidade de antimicrobianos. Como resultado foram estudados 785 laudos de cultura de pacientes. A faixa etária de maior ocorrência de cultura foi de 0 a 10 anos; desde quantitativo, 163 casos foram positivos; os pacientes com idade superior a 60 anos responderam por 30,1% das infecções. As bactérias de prevalência foram Enterobacter sp, Klebsiela sp, Escherichia coli, Proteus sp. Dentre as amostras coletadas a de maior frequência foi o sangue (51,7%), porém com número de casos positivos baixo. Dos antimicrobianos testados, o imipeném apresentou a melhor ação antimicrobiana. O projeto considerou assim que, a ampicilina e sulfametoxazol + trimetroprima foram os antimicrobianos para os quais houve os maiores percentuais de resistência e os carbapenêmicos apresentaram os maiores índices de sucesso nos testes realizados, com 100% de efetividade. Embora se tenha aumentado o número de antimicrobianos disponíveis, o surgimento de novos agentes infectantes tornam difíceis a erradicação das doenças infecciosas. Portanto, faz-se necessário preservar os novos quimioterápicos, valorizando-os como recursos preciosos e limitados.