Introdução: O levantamento de problemas, que por sua vez fundamenta o planejamento estratégico situacional, permite desenvolver ações de saúde efetivas para embasar as ações de gestão do município. Nesse sentido, torna-se necessário conhecer a realidade do território, a dinâmica e os riscos que a população está inserida, além da organização dos serviços e rotinas das unidades básicas de saúde e da equipe das Estratégia Saúde da Família (ESF). Objetivos: Descrever o perfil clínico epidemiológico dos usuários da ESF do município de Rondonópolis, MT e fornecer subsídios para as ações de gestão da assistência à saúde nos territórios do município. Metodologia: Estudo descritivo, transversal e de abordagem quantitativa com usuários de 40 Unidades de Saúde da Família de Rondonópolis, MT. Os dados foram coletados entre janeiro a julho de 2021, através de um questionário estruturado. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Júlio Muller da Universidade Federal de Mato Grosso, CAEE 40583220.7.0000.5165. Resultados: Participaram do estudo 400 usuários, a maioria do sexo feminino (70,5%), da cor parda (55,7%) e com média de idade de 42,43 anos. A maioria (50,65%) dos entrevistados considera o seu estado de saúde bom e 33,25% (n=133) relataram possuir alguma comorbidade, sendo as principais doenças citadas a hipertensão arterial sistêmica (HAS) (51,87%), diabetes mellitus (DM) (25,56%), bronquite (05,26%), asma (03,75%) e hipertireoidismo (03,75%). Um total de 77 entrevistados informaram diagnóstico de COVID, sendo o RT-PCR o principal método de diagnóstico (48,0%) e realizada a coleta em unidade sentinela (59,74%). Conclusão: As principais comorbidades apresentadas pelos usuários são as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Esses dados podem contribuir para planejar e direcionar as ações de saúde tomadas por gestores de saúde do município. Deve-se atentar-se sobre a importância de conhecer o perfil epidemiológico dos usuários que necessitam do cuidado direcionado.