INTRODUÇÃO: O parto é um momento único, que marca a vida da mulher. Em contrapartida a esse evento fisiológico, está o modelo de parturição do Brasil, o tecnocrático, que traz consigo muitos procedimentos invasivos e desnecessários. Nesse contexto, a mulher deixou de ser a protagonista, passando a ser manipulada por profissionais que se limitam as demandas físicas, deixando de lado o emocional da parturiente. Diante disso, têm se empregado métodos para se humanizar o parto a fim de se obter um cuidado centrado na mulher. OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada pelas residentes da enfermagem obstétrica, na implementação de ações ao parto humanizado por meio dos métodos não farmacológicos no alívio da dor durante o trabalho de parto em gestantes de uma maternidade pública. A implementação ocorreu em maio de 2023. METODOLOGIA: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado por meio da aplicação dos métodos não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto. Os métodos foram realizados em todas as gestantes que estivessem em trabalho de parto ativo, exceto naquelas que relataram verbalmente não querer os procedimentos. Os produtos para massagem foram custeados pelas residentes, enquanto os demais equipamentos pertencem a maternidade pública. RESULTADOS: Dentre os métodos, foram utilizados: massagem na região lombar com uso de óleos corporais durante as contrações uterinas, deambulação dentro da sala de parto com auxilio, banho de aspersão, liberdade de posição, técnicas de respiração, musicoterapia, movimentação na bola suíça e cavalinho. Todos esses métodos foram adequados à vontade e necessidade de cada parturiente, a fim de promover seu conforto e relaxamento durante o trabalho de parto. Por meio da implementação desses métodos, foi possível resgatar o protagonismo da mulher em todo o trabalho de parto, no qual, as parturientes demonstravam melhor enfrentamento da dor, maior tranquilidade, além de obter mais autonomia e liberdade para decidir sobre quais métodos e posições utilizar, sendo coparticipante de todo o processo. CONCLUSÃO: Essa vivência, demonstra a importância da enfermagem obstétrica, pois as práticas implementadas oferecem as parturientes a experiência de um parto humanizado, esse, se sobrepõem as técnicas e exigem do profissional uma assistência holística, e acolhedora, habilidades que não são aprendidas, mas é inerente a postura ética de cada profissional, fundamental para o alcance da humanização do parto.