Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
A SIMULAÇÃO COMO METODOLOGIA ATIVA NA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
JAYARA MIKARLA DE LIRA
Autores:
- Osvaldo de Goes Bay Junior
- Merces de Fátima dos Santos Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A formação em saúde tem passado por diversas mudanças, tornando-se relevante averiguar as modalidades metodológicas. A simulação, como metodologia de ensino aprendizagem, pode levar o grupo à análise e avaliação de um fato proposto com objetividade e realismo, à crítica construtiva de uma situação e o interesse para aprofundar-se nos assuntos propostos. Nesse cenário, contribui para a formação crítica e reflexiva na formação dos discentes. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo da disciplina Estágio à docência I do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da FACISA/UFRN. A experiência ocorreu no período de março a junho de 2023, na disciplina teórica Concepções Sócio-Políticas da Saúde/Enfermagem com carga horária de 75 horas. Na execução do estágio foram desenvolvidas diversas atividades relacionadas à docência no ensino superior, uma das quais se destaca a simulação, realizada em 4 encontros em diferentes momentos da disciplina, na qual permitiu a inversão da sala de aula. Resultados: O debate envolveu discussão de macrotemas através da simulação de ambientes sociais como de controle social e movimentos sociais. Na perspectiva do controle social, a dinâmica envolveu a divisão da turma de 34 alunos em 7 grupos, representando usuários/profissionais envolvidos nas causas de diferentes populações (indígenas, pessoas privadas de liberdade, pessoas com deficiência, LGBTQIA+ e população negra) sorteados para os grupos, no qual cada aluno deveria apresentar uma problemática da referida população no SUS e propor soluções. Assim, ocorreu as discussões no grupo e entre os demais, perpassando pelo debate sobre a saúde como produto social e educativo, à assistência à saúde, pensou-se em soluções como a utilização dos ACSs como fiscalizadores dos cuidados preventivos primários, como a distribuição de hipoclorito de sódio e sensibilidade em campanhas por rádios e TVS, capacitação da equipe para lidar com a diversidade social, e investimento em tecnologias para inclusão. O outro momento da simulação sobre os movimentos sociais envolveu discussões sobre movimento feminista, da população negra, LGBTQIA+, MST e outros. Considerações finais: Notou-se a passagem da figura do aluno como ser passivo para ativo na busca pelo conhecimento, no qual temas muitas vezes trabalhados de modo expositiva, passou a ser espaço simulado de aprimoramento da capacidade reflexiva, dialogal, expositiva e crítica dos discentes.